Rui Vitória e mais 5 treinadores que tiveram sucesso depois de terem sido despedidos de um grande

Rui Vitória e mais 5 treinadores que tiveram sucesso depois de terem sido despedidos de um grande

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Rui Vitória e mais 5 treinadores que tiveram sucesso depois de terem sido despedidos de um grande

Após sair do Benfica, treinador sagra-se campeão da Arábia Saudita. Mas Rui Vitória não é o único caso de sucesso depois de um despedimento.

Artigo de Bruno Seruca

21-05-2019

Foi em janeiro deste ano que Rui Vitória foi despedido do Benfica. O futebol jogado estava longe de agradar aos adeptos e existia já um fosso de sete pontos a separar os encarnados da liderança do campeonato. Depois da derrota em Portimão, saiu o treinador ribatejano, entrou Bruno Lage e o Benfica foi campeão. Já Rui Vitória, tal como tinha prometido, fez as malas e rumou até à Arábia Saudita para passar a treinar o Al-Nassr.

E quando muitos esperavam um escaldante reencontro com Jorge Jesus, então treinador do Al-Hilal, foi o ex-treinador de Benfica e Sporting a ser afastado do cargo do clube que ocupava a liderança do campeonato saudita. Rui Vitória deixou o Benfica a sete pontos do Benfica e assumiu um clube que estava a cinco do topo da tabela. Chegou a estar a seis, mas acabou por se sagrar campeão. Num feito raro, Vitória consegue assim sagrar-se em dois clubes, de dois países, na mesma época. Mas o líder do Al-Nassr não é o único a ter sucesso depois de ter sido despedido de um dos três grandes do futebol português.

Luís Filipe Vieira assume que o maior erro foi despedir Fernando Santos

Fernando Santos
Foi em 2007 que o atual selecionador nacional foi despedido do Benfica. Em diversas ocasiões, Luís Filipe Vieira assumiu publicamente que este despedimento foi o maior erro da sua presidência à frente dos encarnados. Numa altura em que já gozava de boa reputação na Grécia, Fernando Santos rumou ao PAOK. É certo que só conquistou uma Taça da Grécia, mas transformou-se num ídolo para os gregos. Seguiu-se a seleção da Grécia e a de Portugal. Entrou para a história ao ser o primeiro treinador a conquistar um Europeu para Portugal.

 

 

Vítor Pereira
É provavelmente o caso mais estranho desta lista. Em duas épocas, conquistou dois campeonatos ao serviço do Porto. Mas a verdade é que nunca apaixonou os adeptos. Há quem fale em convite para sair, mas o treinador garante que foi ele quem não quis renovar contrato com os azuis e brancos. Do Porto rumou para o Al Ahli Jeddah, em 2013, clube em que ficou célebre pelas conferências de imprensa.

Vítor Pereira fez história na China

Saiu sem troféus e mudou-se para a Grécia, tendo sido campeão e conquistado uma taça ao serviço do Olympiakos. Seguiram-se os turcos do Fenerbahce, sem qualquer troféu conquistado. Nova aventura, desta vez na segunda divisão alemã. Treinou o 1860 Munique e não evitou a descida à terceira divisão, naquele que foi o projeto que já assimiu ter sido um erro. Segue-se a China, onde faz história ao sagrar-se campeão pelo Shanghai SIPG, naquele que foi o primeiro título do clube.

Paulo Fonseca
Chegou ao Porto em 2013, para substituir Vítor Pereira. Era visto como um treinador de futuro brilhante e iniciou a época a vencer a Supertaça. Este seria o único troféu conquistado ao serviço dos dragões. Num percurso pouco comum, teve a humildade de regressar ao Paços de Ferreira, clube que tinha trocado pelo Porto. Fez novamente um bom trabalho e mudou-se para Braga, onde conquistou uma Taça de Portugal. Segue-se o salto para os ucranianos do Shakhtar. Onde já conta com dois campeonatos, duas taças e uma Supertaça.

Paulo Fonseca está imparável na Ucrânia e Marco Silva e Nuno Espírito Santo destacam-se em Inglaterra

Marco Silva
Depois de brilhar no Estoril, chega ao Sporting de Bruno de Carvalho em 2014, sendo visto como o homem que iria devolver os leões à conquista do título. Acabou por se transformar no maior “inimigo” de Bruno de Carvalho. Ainda conseguiu conquistar a Taça de Portugal, mas o adeus, bastante polémica, há muito que estava definido. Mudou-se para a Grécia, tendo sido campeão ao serviço do Olympiakos. Agora está em Inglaterra, país onde tem boa fama. Não evitou a descida do Hull City, foi despedido do Watford e esta época – a primeira que conclui na Premier League – fez um bom trabalho ao serviço do Everton.

Nuno Espírito Santo
Após o bom trabalho efetuado no Rio Ave e Valência, Nuno Espírito Santo assina pelo Porto em 2016. Era o regresso a casa daquele que tinha sido guarda-redes do clube. O encanto durou pouco, não conquistou nenhum troféu e acabou despedido. Aceitou mudar-se para a segunda divisão do futebol inglês, tendo sido campeão do Championship com o Wolverhampton. No ano de estreia da Premier League foi a equipa sensação, acabando a época em sétimo lugar.

Fotos: Reprodução Instagram

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Artigo de
Bruno Seruca

21-05-2019



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