7 motivos que explicam o sucesso de Bruno Lage no Benfica

7 motivos que explicam o sucesso de Bruno Lage no Benfica

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7 motivos que explicam o sucesso de Bruno Lage no Benfica

Treinador dos encarnados mudou radicalmente a equipa e conseguiu aquilo que diziam ser impossível: a conquista do 37º título de campeão nacional para o Benfica.

Artigo de Bruno Seruca

18-05-2019

O Benfica acaba de conquistar o 37º título de campeão nacional. Mas esta época dos encarnados tem de ser dividida em dois períodos completamente distintos. Existe a fase Rui Vitória e a era Bruno Lage. Na primeira, poucas foram as vezes em que os adeptos do Benfica estiveram em perfeita sintonia com a equipa e treinador. Com a saída de Vitória e a chegada de Bruno Lage, até então treinador da equipa B das águias, tudo mudou. A qualidade das exibições alterou-se por completo e os adeptos passaram a acreditar naquilo que parecia impossível: a conquista do 37º título de campeão nacional.

Benfica de Bruno Lage supera o de Rui Vitória em diversos aspetos

Bruno Lage ficou com uma herança pesada. O jovem treinador, de 43 anos, pegou na equipa numa altura em que existiam sete pontos a separar águias de dragões, então líderes da Liga NOS. E poucos eram aqueles que acreditavam no sucesso. Mas em apenas nove jogos, Lage transformou os sete pontos de atraso em dois de vantagem para os encarnados. Destes jogos fazem parte vitórias em campos complicados, como é o caso de Guimarães, Alvalade e Dragão. Aos quais se somam vitórias em Braga e Vila do Conde. Em 19 jogos para o campeonato, Bruno Lage soma 18 vitórias e um empate.

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O paraeles pegou no número sete, o dos pontos de desvantagem que o Benfica de Lage tinha para a liderança do campeonato, e transformou-os em outros tantos motivos que explicam o sucesso do jovem treinador do Benfica.

1 – Solidez defensiva e poderio ofensivo
Não sofrer golos é meio caminho andado para ganhar um jogo. E neste aspeto o Benfica de Bruno Lage está muito melhor do que o de Rui Vitória. Sob a liderança de Vitória, e tendo apenas em atenção os jogos oficiais, a equipa tinha uma média de um golo sofrido por jogo. Com Lage este valor desce consideravelmente. Ao não sofrer junta-se o marcar. E mais uma vez, tudo está melhor. Com Vitória verifica-se uma média de 1,6 golos marcados por jogo. Já na era de Bruno Lage este valor sobe exponencialmente. Aliás, a equipa conseguiu mesmo ultrapassar a barreira dos 100 golos marcados no campeonato.

Com Lage a média de golos marcados aumentou muito

2 – Pressão alta
Levar o adversário a cometer erros é uma excelente forma de dominar um jogo. E o Benfica de Bruno Lage consegue isso com a pressão alta que tem feito praticamente em todos os jogos, independentemente do estádio em que são disputados. Foi algo que fez no Dragão, tal como já tinha feito em Alvalade. Esta postura em campo também difere da fase inicial da época.

3 – Papel de destaque dado a João Félix
João Félix é o rosto principal do Benfica de Bruno Lage. Golos, assistências e uma sintonia perfeita com Haris Seferovic têm feito do jogador, de apenas 19 anos, uma das estrelas da equipa. Enquanto foi treinador por Rui Vitória, Félix jogou quase sempre (e a espaços) encostado à linha. Com Lage é figura de destaque no centro do ataque, posição na qual o jogador mais se destaca.

 

 

4 – Nova vida para alguns jogadores
O melhor exemplo deste ponto é Andreas Samaris. O grego não era opção para Rui Vitória e praticamente não jogou até à chegada de Bruno Lage. O médio nem sequer tinha sido inscrito na Liga dos Campeões. Agora, tem estado em destaque no centro do terreno. Que chegou a fazer dupla com Gabriel, outro jogador renascido com Bruno Lage. No início da época criou-se a ideia de que Gabriel era o jogador que Vitória mais queria, mas o que é verdade é que o brasileiro, que também tem nacionalidade portuguesa, andava perdido no 4-3-3 do antigo treinador do Benfica. Com Lage, e até se lesionar, passou a fazer passes que resolvem jogos.

Novo treinador do Benfica recuperou jogadores que pareciam perdidos

5 – Coerência
Até à chegada de Bruno Lage, verificava-se uma rotação na equipa do Benfica que nem sempre era percetível pelos adeptos. Um jogador passava de titular a não convocado sem que se percebesse porquê. Com Lage existe uma equipa base que é evidente aos olhos de todos. Existe ainda uma coerência relacionada com a forma como os jogadores conquistam o seu espaço na equipa titular. Exemplo disto é Ferro que entrou na equipa por necessidade, acabando por manter-se no 11 devido às boas prestações.

6 – Motivação
Quem conhece Bruno Lage destaca a forma como motiva os jogadores que treina. Esta faceta do treinador ficou evidente após ter assumido a liderança do campeonato. “Agradeço aos jogadores, estão a fazer de mim um treinador”, disse Bruno Lage no final do jogo no Dragão. Este é apenas o exemplo mais recente das muitas palavras elogiosas que tem feito aos jogadores, tanto aos mais novos como aos mais experientes.

7 – Treinos táticos
Tudo aquilo que foi referido até este momento de pouco ou nada serve se a equipa não treinar com intensidade. Costuma dizer-se que os treinos são o reflexo dos treinos e esta máxima aplica-se na perfeição ao Benfica de Bruno Lage, que também é visto como um treinador que não deixa escapar nenhum detalhe.

Fotos: Reprodução Facebook

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Artigo de
Bruno Seruca

18-05-2019



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