Richard, o reforço do Corinthians que há um ano e meio trabalhava com camiões

Richard, o reforço do Corinthians que há um ano e meio trabalhava com camiões

Desporto

Richard, o reforço do Corinthians que há um ano e meio trabalhava com camiões

Médio defensivo de 24 anos só se estreou no campeonato brasileiro em 2017 e agora vive um sonho, ao chegar ao clube do coração.

Artigo de André Cruz Martins

18-01-2019

O médio defensivo Richard é um dos reforços do Corinthians para a nova época, que começa oficialmente para os “tricolores” a 20 de janeiro, diante do São Caetano, jogo a contar para o campeonato paulista. Proveniente do Fluminense, este futebolista de 24 anos não tem uma história nada comum, como contou na sua apresentação no Corinthians.

“Há um ano e meio estava a pensar em parar de jogar. Na altura não era profissional de futebol e trabalhava a carregar camiões. Hoje vivo o meu maior sonho e vou agarrar a oportunidade da melhor forma possível”, referiu, confessando que o facto de ser adepto do Corinthians desde que se conhece “acabou ter muito peso na decisão”.

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Mas afinal o que é isso de carregar camiões? “Quando os camiões se avariavam, eu ia socorrê-los. Quando não era isso, trabalhava dentro da empresa e também fazia entregas de carro”, explicou ao “Globoesprte.com”.

Digressão ao Dubai mudou a sua vida

Richard só começou a levar o futebol mais a sério aos 19 anos, quando se mudou para o Comercial de Ribeirão Preto. Por lá continuou até aos 22 anos, quando se transferiu para o Atlético Sorocaba, outro clube das divisões inferiores de São Paulo.

Poucas semanas depois, a sua vida mudou, quando integrou uma equipa de jogadores brasileiros que realizou uma digressão ao Dubai. Destacou-se como um dos melhores dessa equipa e as suas exibições despertaram o interesse do presidente do Atibaia, Alexandre Barbosa, que acompanhou essa digressão. No regresso ao Brasil, assinou contrato com esse clube do terceiro escalão.

A sensacional transferência para o Fluminense

O melhor estava para vir: a meio de 2017, aceitou o convite do Fluminense, estreando-se no principal escalão do futebol brasileiro. Nos primeiros meses esteve emprestado pelo Atibaia ao clube de Rio de Janeiro, mas no início de 2018 o Fluminense comprou o seu passe definitivamente.

Nesse ano assumiu-se como uma das grandes figuras da equipa, tendo feito 57 jogos, com quatro golos apontados. Curiosamente, a sua estreia a marcar foi frente ao “seu” Corinthians, na primeira jornada do campeonato brasileiro

Apesar de ter chegado a acordo com o Corinthians em novembro último, continuou a jogar pelo Fluminense até ao início de dezembro, contribuindo para evitar a descida à Série B.

Toda a família na estreia

Richard estreou-se pelo Corinthians no dia 13 de janeiro, no jogo particular com o Santos, em casa. E foi titular, dando sequência aos bons treinos que realizou nesta pré-temporada, aproveitando ainda as ausências de Ralf e Gabriel, seus concorrentes no meio campo.

Richard fez questão de convidar a sua família mais próxima para assistir ao jogo no estádio. Foram 12 pessoas no total. “Foi incrível ver o estádio lotado logo no primeiro jogo da temporada, num amistoso. A Fiel [referência aos Gaviões da Fiel, claque do Corinthians] é de arrepiar. Fiquei feliz também em poder ver minha família torcendo por mim”, referiu.

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Para já, está nas nuvens com as primeiras semanas ao serviço do novo clube e promete dar tudo pela titularidade. “Todos vão querer a sua vaga e eu não sou diferente, vou trabalhar para jogar. Não vim aqui para ficar no banco. Vim para jogar, com todo respeito pelo Ralf, pelo Gabriel e a todos do plantel”, avisou, confessando que tem três referências no grupo: “O Ralf é um ídolo. Não só ele. Quando cheguei no vestiário foi incrível avistar o Fagner e o Cássio, que eu vi ser campeão Mundial”, realçou.

Polémica com Maxi López

Em novembro de 2018, Richard envolveu-se em polémica com Maxi López, avançado argentino do Atlético-PR, depois do encontro entre os dois clubes referente à Conmebol Sul-Americana. Na zona mista, questionado. O argentino não se ficou. “Conheço Richard Gere, ator de Hollywood, Richard Mille, o relógio, mas esse Richard não conheço. Se ele tiver algo para falar, gostaria que fosse pessoalmente. É bem melhor do que falar diante das câmaras”, afirmou.

Na sequência da polémica, Richard emitiu um comunicado. “Em nenhum momento eu quis desrespeitar um companheiro de profissão que admiro e pelo qual tenho muito respeito. Na saída do jogo, na zona mista, fui atender os jornalistas após um jogo que, infelizmente, a nossa equipa perdeu e, ainda com a cabeça na partida, não entendi o início da pergunta do repórter. Gostaria de reforçar que não tenho nada contra o Maxi Lopez e reitero meu respeito por ele”, garantiu.

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Artigo de
André Cruz Martins

18-01-2019



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