Hakan Sukur, de goleador a condutor de Uber para fugir à prisão ou pena de morte

Hakan Sukur, de goleador a condutor de Uber para fugir à prisão ou pena de morte

Desporto

Hakan Sukur, de goleador a condutor de Uber para fugir à prisão ou pena de morte

Hakan Sukur, o autor do golo mais rápido de sempre de um Mundial, está acusado de terrorismo e ganha a vida como condutor de Uber.

Artigo de Bruno Seruca

24-04-2024

Hakan Sukur é um nome certamente bem gravado na memória dos amantes do futebol. Com passagens por clubes como Galatasary, Inter, Parma e Blackburn Rovers, o antigo avançado turco, de 51 anos, ainda tem o nome gravado na história do desporto rei. Afinal, é o autor do golo mais rápido de sempre de um Mundial. Em 2002, o antigo avançado só precisou de 11 segundos para marcar golo à Coreia do Sul. Conta ainda com 51 golos pela seleção, o que faz com que seja um dos maiores goleadores do país. Só que a glória deu lugar ao exílio e ao medo de ser preso ou condenado à morte.

Leia ainda: Endrick, jovem promessa a caminho do Real Madrid, tem contrato com namorada: “Espero que não se perca”

O ex-jogador não pode meter os pés na Turquia de Recep Tayyip Erdogan. Hakan Sukur é perseguido por alegadas ligações políticas a Fethullah Gulen, que tentou derrubar o presidente turco através de um golpe de estado. É visto como terrorista também por ter dito “sou albanês, como tal, não sou turco” numa conferência de imprensa, sendo ainda acusado de insultar Erdogan. Existe um mandado de detenção contra Hakan Sukur que pode ser preso ou condenado à pena de morte. Sukur viu-se obrigado a fugir da Turquia, perdeu a nacionalidade e todos os negócios e contas bancárias foram apreendidos. O que fez com que refugiasse nos Estados Unidos da América, vivendo atualmente na Califórnia. “É o meu país. Amo o meu povo, embora as ideias sobre mim sejam distorcidas pelos meios de comunicação controlados”, desabafou ao New York Times, em 2018.

Hakan Sukur conduz Uber, vende livros e treina jovens jogadores

Agora, ganha a vida como motorista da Uber, vende livros e ainda é treinador de futebol de equipas de formação. O novo estilo de vida foi partilhado pelo ex-jogador numa conversa com o Welt am Sonntag, em 2020. Sukur revela ainda que começou por viver em Washington e que chegou a abrir um café e uma padaria. Negócios que acabou por fechar devido à sua identidade. “Nunca fiz nada ilegal, não sou traidor nem terrorista”, garante o goleador que abandonou os relvados em 2008, com a camisola do Galatasaray.

Fotos: Reuters

Siga o ParaEles no Instagram
Instagram @paraelesofficial

Siga o ParaEles no Instagram
Instagram @paraelesofficial

Artigo de
Bruno Seruca

24-04-2024



RELACIONADOS