Eusebio Di Francesco, o louco com ar de intelectual

Eusebio Di Francesco, o louco com ar de intelectual

Desporto

Eusebio Di Francesco, o louco com ar de intelectual

O treinador da AS Roma tem esperança em conquistar a primeira Liga dos Campeões na história do clube italiano.

Artigo de André Cruz Martins

17-12-2018

A AS Roma calhou no caminho do FC Porto nos oitavos de final da Liga dos Campeões. A qualificação para a fase a eliminar da Champions foi tranquila, mas na liga italiana as coisas não correm bem ao conjunto romano. Depois do brilharete na época passada, em que eliminaram o FC Barcelona e cariam nas meias-finais aos pés do Liverpool, não tem sido dias fáceis para o treinador Eusebio Di Francesco, de quem se diz ter o lugar em risco e Paulo Sousa é um dos nomes mais falados para substituir o italiano.

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Na época passada Di Francesco era um herói quando a AS Roma eliminou o Barça. “Sou um louco. Se não tivesse dado resultado matavam-me, mas não me importa. A nossa força é olhar para a frente e ambicionar sempre algo mais. Acreditamos que é possível chegar à final de Kiev”, afirmou Di Franceso, depois da vitória por 3-0 sobre o Barcelona, que permitiu a qualificação para as meias-finais da Champions, isto após uma derrota por 4-1 na primeira mão, em Camp Nou.

Depois do brilharete na época passada, Eusebio di Francesco tem vivido dias difíceis

Este treinador que tem óculos que lhe dão um ar de intelectual destaca-se pela forma meticulosa como estuda os adversários. Foi o substituto de Luciano Spaletti no início da temporada 2107/18, depois de ter realizado um magnífico trabalho no Sassoulo: esteve nas cinco temporadas anteriores neste modesto emblema da província de Modena e guindou-o à Série A logo na época de estreia. Depois, conseguiu sempre a manutenção – um 12º e um 13º lugares, em 2015/16 alcançou um fantástico sexto posto e conseguiu uma inédita qualificação para a Liga Europa e só na época de estreia sofreu para garantir a permanência, ao ser 17º classificado.

Ela é adepta do rival da AS Roma. Veja o vídeo:

Pouco depois de ter terminado a carreira de futebolista em 2005, ao serviço do Perugia, foi diretor desportivo do Atessa Val di Sangro, do quarto escalão italiano, mas em 2008 iniciou a carreira como treinador, ao serviço do Virtus Lanciano, do terceiro escalão. Uma experiência que não correu bem, tendo sido despedido ainda numa face precoce da época. Seguiu-se outro emblema bastante modesto, o Delfino Pescara, onde realizou um trabalho brilhante, com a subida da Série C1 para a Série B a despertar o interesse do Lecce, que o convidou para orientar a equipa. Era a estreia de Eusebio Di Francesco na Série A, mas não correu bem e foi despedido devido aos maus resultados.

Di Francesco foi despedido em janeiro, mas readmitido um mês e meio depois

No verão de 2012 chegou ao Sassuolo e logo nessa primeira temporada conseguiu a já referida promoção à Série A. Curiosamente, nessa época de estreia tudo estava a correr mal e foi despedido em janeiro, sendo readmitido um mês e meio depois, pois Alberto Malasani, o homem que o substituíra, foi mandado embora depois de registar cinco derrotas em cinco jogos. A permanência era um cenário muito complicado, mas Eusebio reuniu as tropas e conseguiu cumprir o objetivo “à risca”, conseguindo alcançar o 17º lugar.

Nas três temporadas que se seguiram nunca mais teve problemas em garantir a manutenção e não havia grandes dúvidas de que mais tarde ou mais cedo chegaria a um dos grandes italianos. Acabou por ser a AS Roma a escolhê-lo, depois da saída de Luciano Spaletti. Di Franceso não demorou a conquistar os exigentes adeptos “giallorossi”, que ficaram rendidos ao seu estilo de jogo, mesmo tendo perdido Salah, a estrela da companhia, para o Liverpool. Ele que tem o sonho de ganhar a primeira Champions dos romanos. Resta ao FC Porto adiar esse objetivo.

Crédito da foto: As Roma

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Artigo de
André Cruz Martins

17-12-2018



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