Resorts de luxo ao abandono não são uma novidade. Já aqui apresentámos a história do Muxito, um hotel de luxo, de renome internacional, na zona do Seixal, que agora está completamente ao abandono. Foi uma referência para as pessoas de boas fortunas nos anos 50 e 60 e agora mais não é do que um cenário ideal para criadores de arte urbana ou praticantes de paintball (conheça melhor a história do Muxito). O fascinante caso do Muxito não é único no mundo. Por várias partes do globo existem mais exemplos de antigos hotéis de luxo que, por um motivo ou outro, estão agora entregues ao abandono. O jornal inglês The Telegraph fez um levantamento de cinco destes casos.
Percorra a galeria e conheça 5 resorts de luxo que não sobreviveram ao tempo.
Fotos: Flickr
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Varosha | Chipre – Até à invasão turca do Chipre, em 1974, Varosha era a zona mais visitada na ilha. Era conhecida como a “Riviera Cipriota”, mas as pessoas que ali viviam foram obrigadas a fugir por conta da invasão. 40 anos depois, o outrora resort de luxo continua ao abandono. Varosha é agora uma cidade fantasma fortemente vigiada pelo exército.
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Kupari | Croácia – A alguns quilómetros da cidade de “A Guerra dos Tronos” de Dubronik situa-se a cidade turística de Kupari. Foi aberta aos turistas em 1919, mas foi nos anos 60 que teve os seus tempos mais áureos. Serviu de resort de férias para membros do alto escalão do exército jugoslavo de Josep Tito e respetivas famílias. Quando a guerra na região estourou, em 1991, o resort foi saqueado e queimado, ficando completamente ao abandono. O governo croata está em conversações com um investidor, o Avenue Group, para a construção de um novo resort na cidade. A construção pode começar em 2019.
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Consonno | Itália – Mario Bagno, um empresário italiano, tinha um projeto megalómano: construir uma “mini-vegas” em Itália. Comprou a aldeia inteira de Consonno, perto de Milão, para colocar forma ao sonho. Lá desejava construir, inspirado pelos grandes resorts de Las Vegas, a "Cidade dos Brinquedos", um megaempreendimento com shoppings, restaurantes e um hotel de luxo. Nas suas intenções estava também a construção de um aeródromo e de um jardim zoológico, mas um grande deslizamento de terras, em 1976, terminou com o sonho do empresário italiano. Bagno ainda tentou reparar os estragos, mas foi inconsequente. Em 1995, ano em que morreu, o grande edifício ficou completamente ao abandono.
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Grossinger | Estados Unidos – Grossinger fazia parte do conjunto de resorts de Belt Borscht, nas montanhas de Catskill, que entre 1929 e 1980 receberam milhares de turistas vindos de Nova Iorque. Eram conhecidos pelas pistas de dança, que terão inspirado o clássico “Dirty Dancing”. Grossinger recebia cerca de 150 mil hóspedes por ano, mas este número foi diminuindo ao longo do tempo, até que, em 1986, teve que fechar portas. Era tão popular que tinha a sua própria pista de aterragem. Era visitado por várias estrelas de Hollywood, nomeadamente Elizabeth Taylor, e serviu também de local de treino para o pugilista Rocky Marciano. Curiosamente, em 1952, para atrair praticantes de ski, tornou-se no primeiro resort a usar neve artificial. O Grossinger tinha também uma pista de patinagem no gelo, uma piscina de tamanho olímpico ao ar livre, courts de ténis, campo de golfe e salões de festas.
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Bokor Hill Station | Camboja – Bokor Hill Station foi construída nos anos 20 para servir de refúgio nas montanhas para os colonos franceses que fugiam do calor ofegante de Phnom Penh. Foi um resort com igreja, hotel e casino que, depois da guerra da Indochina, em 1940, ficou ao abandono. Renasceu na década de 60, mas como uma base militar do regime do Khmer Vermelho. Em 1990, com a queda deste regime, ficou novamente ao abandono.
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