Rabiot, o “enfant terrible” que está encostado no clube e seleção

Rabiot, o “enfant terrible” que está encostado no clube e seleção

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Rabiot, o “enfant terrible” que está encostado no clube e seleção

Dono de uma personalidade forte, o médio informou o clube da indisponibilidade para renovar contrato e há uns meses não quis ficar na reserva dos 23 convocados para o Mundial, depois de ter ficado de fora da lista inicial.

Artigo de André Cruz Martins

25-12-2018

Adrien Rabiot, médio centro de 23 anos do Paris Saint-Germain, não vive tempos fáceis no clube francês, depois de ter sido “encostado” por recusar-se a renovar contrato. O português Antero Henrique, diretor desportivo dos parisienses, não teve qualquer pejo em assumi-lo. “O jogador comunicou-me que não assinará a renovação de contrato e que quer deixar o clube no final da temporada. A consequência é muito clara: ficará no banco de suplentes de forma indefinida”, revelou.

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O vínculo do futebolista com o Paris Saint-Germain termina em junho de 2019 e a formação francesa deseja vender o seu passe em janeiro, na tentativa de fazer algum dinheiro. Entretanto, alguns adeptos do Paris Saint-Germain já fizeram questão de mostrar que não estão nada satisfeitos com o comportamento do médio, como se viu numa tarja que mostraram no recente jogo com o Orléans, para a Taça da Liga. «Não precisamos de ti», podia ler-se.

A caminho do FC Barcelona?

A verdade é que de acordo com vários órgãos de comunicação, Rabiot terá já um princípio de acordo com o FC Barcelona para a próxima época. E os “blaugrana” não terão de pagar nada ao Paris Saint-Germain, pois a partir de janeiro o internacional francês pode comprometer-se com outro clube, a custo zero.

Ainda assim, de acordo com o jornal “El Mundo Deportivo”, normalmente bem informado sobre o FC Barcelona, Rabiot receberá um prémio de assinatura de 10 milhões de euros, para além de um chorudo salário. Entretanto, nos últimos dias, surgiram notícias a respeito de um possível desvio de Rabiot por parte do Liverpool. Veronique Rabiot, mãe e empresária do futebolista, garante que só existirão conversações com outro clube a partir de 1 de janeiro.

Apoio dentro do plantel

O defesa central Thiago Silva, um dos líderes do balneário do PSG, não teve problemas em apoiar Rabiot. “Mesmo se ele continuar sem jogar, irei manter-me ao seu lado, porque é uma boa pessoa e tenho muito respeito por ele. É um grande amigo meu”, afirmou, acrescentando: “Evidentemente que a equipa é mais importante do que todos os jogadores, mas ele tomou uma decisão que tem que ser respeitada”.

Marquinhos, outro futebolista com grande peso no plantel, também não recriminou o jovem francês: “É uma pena, porque é um amigo. Crescemos juntos no PSG, mas ele tomou sua decisão. O clube também tomou a sua e não há nada o que dizer”, referiu.

Polémica na seleção

Adrien Rabiot tem-nos brindado com algumas polémicas. A mais marcante foi quando se recusou a ser incluído no lote de 11 jogadores que estavam de reserva aos 23 convocados por Didier Deschamps, selecionador de França, para o último Campeonato do Mundo.

Insatisfeito por não ter sido incluído no lote de 23 convocados, informou por mail Didier Deschamps da sua indisponibilidade para se treinar com os outros dez futebolistas que estavam de reserva. Esta sua decisão teve como consequência o facto de ter sido riscado pela Federação para convocatórias futuras.

A 7 de dezembro, questionado sobre um eventual regresso de Rabiot à seleção, Didier Deschamps usou de ironia. “Quando me perguntam sobre isso, parece que estão a falar de um jogador que brilhou imenso na seleção. Não fecho a porta, mas até parece que jogou muitas vezes. A verdade é que não estamos a falar de um jogador que tenha tido um alto nível exibicional quando jogou por nós. A seleção sobreviveu com outros jogadores depois dele ter cometido o erro terrível de se auto-excluir”, realçou.

Presidente da Federação abre a porta

Quem abre a porta a um eventual regresso é o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noel Le Graet. “Penso que não se pode punir um miúdo de 23 anos até que ele tenha 35. Isso não se faz e Didier [Deschamps] também pensa o mesmo”, defende.

“Espero encontrar-me com ele até ao final do ano com Rabiot para perceber o que ele pensa sobre o assunto”, refere, acrescentando: “Ele pode perfeitamente dizer-me na cara que não quer saber mais da seleção francesa ou pode dizer-me que está disponível e a partir daí caberá a Didier decidir”.

Não vingou no Manchester City aos 13 anos

Adrien Rabiot cumpriu quase toda a formação no Créteil e quando tinha 13 anos chegou a passar alguns meses na Academia do Manchester City, mas acabou por não permanecer.

Aos 15 anos, ingressou no Paris Saint-Germain e aos 17 estreou-se na equipa principal dos parisienses, sob o comando de Carlo Ancelotti. Poucos meses depois, acabou por ser emprestado por meia temporada ao Toulouse e depois voltou ao Paris Saint-Germain, onde se tem mantido. Ao todo, soma 227 partidas oficiais pelo clube, com 26 golos marcados e a sua melhor época foi a de 2017/18, com 50 jogos efetuados, dos quais 43 como titular.

A não ser que algo mude drasticamente, a sua despedida dos relvados ao serviço do Paris Saint-Germain terá acontecido a 11 de dezembro, quando jogou os últimos 11 minutos do desafio com o Estrela Vermelha, na Sérvia.

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Artigo de
André Cruz Martins

25-12-2018



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