Reveladas as polémicas palavras que levaram Mouctar Diakhaby a abandonar o campo

Os jogos entre Cádiz e Valencia estão longe de ser os mais apaixonantes da La Liga, a principal divisão do futebol espanhol. Tal como Mouctar Diakhaby está longe de ser um dos mais mediáticos jogadores da competição. Mas tudo mudou e pelas piores razões. Um alegado comentário racista leva a que este jogo esteja a correr mundo.

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Tudo aconteceu ao minuto 29 do Cádiz-Valencia. Numa altura em que a bola esta a muitos metros de distância, o defesa-central francês do Valencia começa a correr na direção de Juan Cala, defesa-central do Cádiz. E a partir daqui o futebol foi relegado para segundo plano. Discussões, empurrões e um amarelo para Diakhaby pelos gritos. É então que o jogador francês decide abandonar o campo. Em solidariedade, os colegas de equipa, entre eles os portugueses Gonçalo Guedes e Ferro, acompanham o jogador na ida para o balneário. A partida esteve parada durante alguns minutos e o jogo acabou por retomar sem Diakhaby. Por sua vez, Juan Cala seria substituído ao intervalo.

Mouctar Diakhaby acusa Juan Cala de lhe ter chamado “preto de merda”

Agora, começam a ser conhecidos os detalhes desta polémica história. De acordo com Diakhaby, Juan Cala apelidou-o de “preto de merda” depois de um lance disputado pelos dois dentro da grande área. Este insulto racista foi relatado pelo jogador do Valencia ao árbitro do encontro. Sabe-se também que os colegas de equipa não queriam voltar para o campo. Só que o árbitro garantiu que existiria uma sanção caso não o fizessem. Que poderia ser de três pontos ou algo mais, revelou o treinador Javi Gracia.

Árbitro “ameaça” Valencia e treinador do Cádiz defende Juan Cala

O técnico do Valencia explicou ainda que Diakhaby estava no balneário num estado lastimável e que pediu aos colegas para que voltassem ao campo. “Nenhum ser humano merece esta humilhação”, disse Gabriel Paulista, colega de equipa do francês. “É uma pena que estas coisas aconteçam”, acrescentou Daniel Wass. “Foi um insulto muito feio que não vou repetir”, refere Gayà com indignação. Por sua vez, Álvaro Cervera saiu em defesa de Juan Cala. “O meu jogador disse-me que não o insultou. Acredito nele”, disse o treinador do Cádiz. Quanto a Cala, ainda não se pronunciou sobre a polémica.

Apesar de existirem dezenas de câmaras devido à transmissão televisiva do jogo, ainda não existem imagens do momento do suposto insulto racista. Ou, caso existam, ainda não foram tornadas públicas. Quanto ao jogo, acabou com uma vitória 2-1 para a equipa da casa. Com o golo que valeu o triunfo a ter sido apontado pelo jogador que entrou em campo para substituir Juan Cala.