Michael Owen, de terror para as defesas contrárias ao medo de ter a bola no pé

Michael Owen, de terror para as defesas contrárias ao medo de ter a bola no pé

Desporto

Michael Owen, de terror para as defesas contrárias ao medo de ter a bola no pé

O avançado inglês marcou 157 golos nas sete temporadas que passou em Anfield, antes de se transferir para o Real Madrid.

Artigo de Equipa Paraeles

27-08-2018

Apareceu na equipa principal do Liverpool ainda com idade de júnior e rapidamente se percebeu que era um prodígio. Michael Owen era rápido, tecnicista e goleador. Dele muito se esperou, quer os adeptos dos reds, quer uma nação inteira que anda a ressacar desde 1966 por mais um brilharete da seleção inglesa. Agora Michael Owen voltou a causar espanto, não por causa de uma finta estonteante ou de um golaço de levantar estádio, mas sim porque falou com o coração.

“Fiquei com medo de passar por defesas. E ficava apavorado com a ideia de ter de rematar à baliza”, desabafou o antigo internacional inglês numa entrevista recente, ele que marcou 157 golos nas sete temporadas que passou em Anfield, antes de se transferir para o Real Madrid.

“Durante seis ou sete anos odiei ter de jogar futebol”, disse Michael Owen em entrevista

As lesões nunca mais o largaram e os adeptos espanhóis nunca viram o verdadeiro Owen.  “Entrei num estado tal que me escondia para não ter a bola em zonas de remate. Tinha medo de rematar. Eu era rápido, corria entre espaços apertados, ninguém me apanhava”, recordou Michael Owen. “Nos últimos sete anos da minha carreira ficava aterrorizado quando tinha de passar pelos adversários, tinha a certeza de que ia rasgar um músculo qualquer”, revelou o agora comentador televisivo. “Perdi tudo o que era. Durante seis ou sete anos odiei ter de jogar futebol. Mal podia esperar para pendurar as botas”, desabafou Michael Owen.

Depois de uma passagem sem sucesso ao serviço do colosso de Madrid, o avançado inglês tinha como objetivo regressar ao seu Liverpool. Não sonhava com outra coisa. Acabar a carreira debaixo dos cânticos dos adeptos que viram a melhor versão do pequeno craque. Mas isso não aconteceu, como todos sabemos.

Michael Owen acabou por se mudar para o Newcastle, mas até aí fez questão de ter uma cláusula que lhe permitisse transferir-se para Liverpool. “O presidente do Real disse que tinha chegado uma proposta do Newcastle de 19 milhões de euros. Falei com o Liverpool a pedir-lhes que cobrissem a proposta, mas eles disseram que só podiam ir até aos 12 milhões de euros”, explicou o antigo futebolista.

“No contrato que assinei com o Newcastle havia uma cláusula que me permitia mudar-me para o Liverpool caso eles apresentassem uma proposta de um determinado valor”, desvendou Michael Owen. No emblema do norte de Inglaterra, e em quatro temporadas, o jogador fez apenas 79 partidas. Pouco, muito pouco para alguém como ele.

Em 2009 ruma ao Manchester United e dois anos depois é campeão inglês. Em 2014 colocava um ponto final na carreira ao serviço do modesto Stoke.

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Artigo de
Equipa Paraeles

27-08-2018



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