Kai Havertz, o jovem maestro que toca piano e adora "Fortnite"

Kai Havertz pode muito bem ser o próximo maestro da seleção germânica, uma equipa que desde os tempos de Beckenbauer é conhecida por uma organização quase mecânica. Afinada ao pormenor. Metódica. Apesar dos seus tenros 19 anos, o jovem talento do Bayer Leverkusen tem já a experiência necessária para assumir a batuta da orquestra alemã.

Tocar piano é um dos seus hobbies preferidos e bem sabemos da importância que este instrumento tem no seio de uma orquestra. O talento com a bola nos pés também é algo que tem (e de sobra). Como futuro maestro, a camisola 10 assenta-lhe particularmente bem, dada a qualidade com que consegue organizar a sua equipa. Não lhe peçam é para ser um carregador de piano, ainda que os seus atributos defensivos tenham evoluído consideravelmente nos últimos tempos.

“É importante ter algo fora do futebol que te permita desligar um pouco. Então decidi aprender um instrumento. Como sempre gostei de composições para piano, não foi uma escolha difícil”, disse em entrevista ao site da Bundesliga.

É um jovem, é certo. Aliás, como muitos dos seus colegas nos “farmacêuticos”, mas nem por isso se deixa ofuscar nos principais palcos. Na Bundesliga, onde brilha, tem já arrecadado vários recordes – é o jogador mais jovem de sempre a entrar em campo e também a marcar um golo, ambos os feitos conquistados com 17 anos. Esta época tem até ao momento 34 jogos, 13 golos e seis assistências, o que faz dele o jogador mais influente do Bayer Leverkusen.

Apesar de – reforçamos – ter apenas 19 anos, conta já com três internacionalizações pela principal seleção alemã. É esperado que vá ganhando ainda mais protagonismo com esta revolução que Joachim Löw está a implementar na Mannschaft, tal como sucede com o seu colega de equipa e amigo Julian Brandt. O mundo do futebol está aos pés destes dois miúdos alemães. Dois jovens que, apesar do grande talento, não deixam de ser isso mesmo: miúdos. A celebração de um golo com uma referência a “Fortnite”, o jogo que tem conquistado crianças e jovens um pouco por todo o mundo, é disso exemplo.

Veja o vídeo:

O “novo Michael Ballack”

São lances como esse que culminou com essa celebração, que os dois jovens vão captando a atenção dos principais tubarões europeus. O nome mais recente a entrar na lista de interessados em Kai Havertz é o do Bayern Munique. O que não deixa de ser curioso, visto que o jovem jogador é muitas vezes comparado com Michael Ballack, que também brilhou ao serviço dos “farmacêuticos”, antes de se mudar para Munique.

O seu talentoso pé esquerdo também faz com que seja muitas vezes comparado com Mesüt Ozil. Sem dúvida um dos maiores talentos saídos da Alemanha nos últimos anos. Neste caso, Havertz deverá querer um rendimento alto ao longo de toda a carreira. Algo que o compatriota não tem conseguido nos últimos tempos em Londres, no Arsenal.

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Independentemente de tudo, nomes como Havertz, Brandt, Süle, Kimmich ou Sané asseguram que o futuro da seleção alemã está salvaguardado. Só algo de muito anormal não dará o comando desta jovem e talentosa orquestra a Kai Havertz.

“Eu sempre fui criado para manter os meus pés no chão. Aprendi com os meus pais que a arrogância não é uma qualidade desejável. Por que um jogador de futebol deve ser diferente de qualquer outra pessoa? Nós somos pessoas normais”, disse em entrevista ao site da Bundesliga, quando questionado sobre como conseguia manter-se com “os pés bem assentes no chão”. Palavras que demonstram que o miúdo está preparado.

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