Atualmente desempregado, José Mourinho tem sido associado ao Benfica, motivo pelo qual deixou mesmo de ir ao Estádio da Luz ver jogos. O special one não quer desestabilizar nenhum clube, mas em entrevista ao The Telegraph dá a conhecer aquilo que irá exigir ao Benfica (caso os rumores de uma abordagem se verifiquem) ou a qualquer outro clube que o deseje contratar para a próxima época.
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“Não é como eu tivesse 61 anos e quisesse parar aos 65. De jeito nenhum. Ainda há uma longa carreira pela frente”, começa por dizer. Dando depois a conhecer a forma como um clube o pode seduzir. “O que realmente pode fazer a diferença é o quanto o clube me quer, o quanto precisa de uma pessoa e de um treinador com o perfil. E também o sentimento e empatia que posso sentir pela estrutura. A única coisa que quero é que as metas e os objetivos sejam estabelecidos por todos de forma justa”, acrescenta.
“A única coisa que quero é que seja justo”
José Mourinho vai ainda mais longe. “Não posso ir para um clube onde, por causa da minha história, o objetivo seja ganhar o título. Não. A única coisa que quero é que seja justo. Acham que se eu estivesse num grande clube da Premier League e estivéssemos no sexto, sétimo ou oitavo lugar, ainda teria o meu emprego? O que estou a dizer é que as pessoas deviam olhar para mim da mesma forma que olham para os outros. O que é importante para mim é que o clube tenha objetivos e eu possa dizer que estou preparado para lutar por eles. Não quero dizer realista…”, explica.
Exemplo da Roma
Por fim, o treinador setubalense dá o exemplo da passagem pela Roma, clube italiano no qual ganhou uma Liga Conferência. “Quando fui para a Roma, ninguém sonhava com a final da Liga Europa e conseguimos. Não é possível ir para um clube quase a descer de divisão e querer vencer a Liga dos Campeões. É bom, mas não é justo”, termina.
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