Arrivederci, grande architetto

Arrivederci, grande architetto

Desporto

Arrivederci, grande architetto

Andrea Pirlo pendurou este domingo as botas. O mundo do futebol ficou mais pobre. Recorda connosco a grande carreira de um dos melhores jogadores de sempre.

Artigo de Hugo Mesquita

10-11-2017

Não é à toa que o chamavam Pirlo de «Il architetto». A maneira como desenhava a régua e esquadro os passes a desmarcar os companheiros eram dignos de um Pritzker. Foram 20 anos a jogar ao mais alto nível, 868 jogos e 86 golos, sempre com classe como palavra chave.

Uma das principais figuras da história do Milan, o que por si só é um feito, dada a qualidade de jogadores que passaram por San Siro. Pelos «rossoneri» conquistou duas Ligas dos Campeões e dois scudettos. Partilhou balneário com Rui Costa, outra das figuras de clube que, numa mensagem no site do Benfica, deixa grandes elogios ao craque italiano.

«Estamos a falar de um jogador que na sua geração discutiu sempre o título de melhor do mundo na sua posição. Para além da qualidade que durante anos e anos mostrou ao mundo, guardo no coração toda a nossa amizade, todas as batalhas que travámos juntos e, acima de tudo, o rapaz extraordinário que ele é. Alongou a carreira o mais que pôde e nós agradecemos por isso, porque foi sempre uma beleza vê-lo jogar,» disse Rui Costa.

Pirlo foi o antípoda do jogador moderno, ainda para mais na sua posição, a de médio defensivo. É a personificação perfeita do «regista» italiano. Compensava a força física pela leitura e visão de jogo. Era o cérebro da equipa, que pensava o jogo. Passava por ele todo o jogo da equipa. Até mesmo as bolas paradas, que marcava de forma exímia.

 

 

Foi também figura dos rivais da Juventus. Poderá se dizer que começou com ele este renascer da equipa de Turim. Se a parelha que fez com Gattuso foi de enorme sucesso, o que dizer do meio campo da «vecchia signora», com Vidal e Pogba? Onde Pirlo pisava, a qualidade subia.

Pela Juve, Pirlo foi tetracampeão italiano. Venceu ainda duas supertaças italianas e uma coppa de Itália. Saiu do clube em 2015 para rumar ao Estados Unidos, mais concretamente ao New York City FC, onde pendurou as botas no passado domingo.

Se o currículo por clubes é recheado, na seleção italiana não poderia ser diferente. Em 2006, foi campeão do Mundo pela Itália, na Alemanha, frente à França de Zidane. Em 2012, na Polónia e Ucrânia, foi vice-campeão europeu, depois de perder a final para a super Espanha por quatro golos sem resposta. Essa final foi arbitrada pelo português Pedro Proença.

Arriverderci, Pirlo. O mundo do futebol vai ter saudades.

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Artigo de
Hugo Mesquita

10-11-2017



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