10 craques apelidados de “novos Maradonas” e dois passaram por Portugal

10 craques apelidados de “novos Maradonas” e dois passaram por Portugal

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10 craques apelidados de “novos Maradonas” e dois passaram por Portugal

O que mais perto tem estado de superar o astro argentino é Messi (sim, para nós, Messi não é melhor do que Maradona), mas ainda não houve nenhum melhor que “El Pibe”.

Artigo de Equipa Paraeles

30-10-2020

Ao longo dos anos, muitos foram apelidados de “novo Maradona” e dois deles até passaram por Portugal. O que mais perto tem estado de superar o astro argentino é Messi (sim, para nós, Messi não é melhor do que Maradona), mas ainda não houve nenhum melhor que “El Pibe”, que fez 60 anos no dia 30 de outubro de 2020.

10.º Claudio Borghi

Quatro anos mais novo que Maradona, Claudio Borghi sucedeu a “El Pibe” no Argentinos Juniors, em 1981, e nos seis anos seguintes foi o maestro do clube de Buenos Aires. Vendo o impacto que Maradona estava a ter no Nápoles, o AC Milan decidiu contratar a “imitação”, na esperança que Borghi atingisse o mesmo nível do compatriota. Mas os “rossoneri” já tinham estrangeiros a mais e Borghi foi emprestado ao Como, onde quase não jogou. Ainda esteve no Neuchâtel Xamax, mas logo em 1988 regressou à Argentina. Jogou em vários países da América Latina e terminou a carreira no Chile, em 1998. Foi nove vezes internacional argentino e participou no Mundial de 1986, mas pouco jogou, tapado por Maradona.

9.º Leandro Romagnoli

Formado no San Lorenzo de Almagro, Leandro Romagnoli estreou-se na equipa principal em 1998, com apenas 17 anos. Considerado desde jovem um dos maiores talentos do futebol argentino, foi o número 10 da selecção das pampas que se sagrou campeã mundial de sub-20 em 2001. No mesmo ano foi campeão nacional pelo San Lorenzo, clube pelo qual ainda venceu uma Copa Mercosur e uma Copa Sudamericana. Em 2004 transferiu-se para os mexicanos do Veracruz. Em Janeiro de 2006 o Sporting contratou-o por empréstimo e, um ano e meio depois, a título definitivo. Em 2009, saiu de Portugal e voltou a casa, ao San Lorenzo. Conta uma internacionalização pelas Pampas, em 2003. Jogou 13 minutos.

8.º Ariel Ibagaza

Ao contrário da maior parte dos outros “novos Maradonas”, Ariel Ibagaza nunca jogou num grande clube argentino. Fez toda a formação no Lanús, de Buenos Aires, e estreou-se na equipa principal aos 18 anos. Ibagaza foi sempre uma estrela nas seleções jovens e em 1995 sagrou-se campeão mundial de sub-20. Um ano depois ajudou o Lanús a vencer a Copa Conmebol e em 1998 transferiu-se para o Maiorca. Fez cinco épocas de excelente nível no clube balear e em 2003 assinou pelo Atlético de Madrid. Menos feliz na capital espanhola, em 2006 voltou a Maiorca. Depois passou pelos espanhóis do Villarreal,acabando a carreira ao serviço de clubes gregos, como o Olympiakos e Panionios. Foi apenas duas vezes internacional A pela Argentina.

7.º Andrés D’Alessandro

Produto das escolas do River Plate, Andrés D’Alessandro jogou na equipa principal entre 1999 e 2003, substituindo Pablo Aimar após a saída deste. É um dos poucos “novos Maradonas” esquerdinos. No entanto, a qualidade do seu pé esquerdo não bastou para fazer uma grande carreira na Europa. Contratado pelo Wolfsburg em 2003, fez apenas duas épocas no clube alemão. Talentoso, mas indisciplinado, foi emprestado ao Portsmouth e ao Saragoça. Passou os seus melhores anos com a camisola do Internacional de Porto Alegre, chegando a ser o capitão da equipa. D’Alessandro foi 26 vezes internacional argentino.

6.º Marcelo Gallardo

Num clube habituado a ter números 10 de categoria, Marcelo Gallardo ocupou essa posição no River Plate durante grande parte dos anos 90. Nomeadamente entre 1993, quando se estreou na equipa principal com 16 anos, e 1999, ano em que se transferiu para o Mónaco. Na Argentina Gallardo foi várias vezes considerado o melhor jogador do campeonato, tal como aconteceu em França em 2000, ano em que levou os monegascos ao título nacional. Em 2003, depois de problemas com o treinador Didier Deschamps, regressou ao River. Voltou a França em 2007, para ajudar o PSG a manter-se na divisão principal. Atualmente, é treinador do River Plate.

5.º Ariel Ortega

Ariel Ortega foi, “oficialmente”, o primeiro jogador a ser considerado um “novo Maradona”. Tudo aconteceu durante o Mundial de 1994, quando El Pibe foi suspenso por doping. Ortega ocupou o seu lugar e, pela qualidade que demonstrou, todos pensaram que estava encontrado o digno sucessor de Diego Armando. Passou os melhores anos da carreira ao serviço do River Plate e representou a selecção argentina 86 vezes e apontou 17 golos. No entanto, não atingiu o mesmo nível na Europa, onde alinhou por Valência, Sampdoria e Fenerbahçe, entre outros. Os problemas que teve com o álcool também não ajudaram a manter-se num nível elevado.

4.º Juan Sebastián Verón

Filho de um antigo craque argentino, Juan Sebastián Verón despontou nos Estudiantes de La Plata. Depois de uma breve passagem pelo Boca Juniors, chegou à Europa em 1996. Realizou cinco anos de alto nível em Itália, na Sampdoria, no Parma e sobretudo na Lazio, onde foi campeão. Em 2001 tornou-se num dos jogadores mais caros de sempre, ao ser contratado pelo Manchester United por 42,5 milhões de euros. Mas em Inglaterra a sua estrela perdeu-se. Ainda jogou no Chelsea e depois no Inter de Milão, mas nunca mais mostrou a mesma qualidade que antes. Regressou aos Estudiantes em 2006, para ser campeão argentino. Retirou-se, passou a presidente do clube, e depois decidiu voltar a jogar pelo clube, quando já tinha 42 anos.

3.º Pablo Aimar

Estreou-se na primeira divisão argentina pelo River Plate aos 16 anos e depressa se transformou numa das maiores coqueluches locais. Três anos depois chegou à seleção principal da Argentina, somando ao longo da carreira 52 jogos e oito golos. Veio para a Europa em 2001, para o Valência. A adaptação do médio, franzino e habilidoso, não foi rápida, mas nos cinco anos que jogou no clube “che” Aimar tornou-se num ídolo, tendo contribuído para a conquista de dois campeonatos, uma Taça UEFA e uma Supertaça europeia. Em 2006 transferiu-se para o Saragoça, onde a uma boa época inicial se seguiu a descida de divisão. Aproveitou o Benfica, que o escolheu para substituto de Rui Costa. O talento de Aimar andou sempre acompanhado pelas lesões, que condicionaram e muito os últimos anos da sua carreira.

2.º Juan Román Riquelme

Tal como Maradona, também Riquelme começou no Argentinos Juniors, mas transferiu-se para o Boca aos 17 anos. Entre 1996 e 2002 foi a grande figura da equipa do La Bombonera e disputava com Aimar o título de estrela maior do campeonato argentino. Aos 24 anos veio finalmente para a Europa, para o FC Barcelona. Jogou apenas uma época na Catalunha, onde nunca foi feliz. O contrário aconteceu no Villarreal. Com uma equipa montada à sua volta, espalhou classe durante três anos. Depois, problemas disciplinares atiraram-no para a bancada e, em 2007 regressou ao Boca Juniors. Em 2014 acabou a carreira e para trás ficaram 51 jogos e 17 golos pelas pampas, muitos deles de livre direto.

1.º Lionel Messi

Nascido em Rosário, a 24 de Junho de 1987, Lionel Messi começou a jogar futebol no Newell’s Old Boys. Sofria então de uma deficiência na hormona do crescimento e apenas o FC Barcelona, em 2000, se dispôs a acolhê-lo e a providenciar-lhe o tratamento necessário. Em boa hora o fez. Em 2004, com 17 anos, já Leo se estreava na equipa principal dos catalães. A partir de então tem sido indiscutível e só as lesões o tiram de vez em quando da equipa. Ao contrário de Maradona, Messi joga sobretudo nas alas. Mas, mesmo em posições diferentes, são muitas as semelhanças entre os dois, na forma de jogar. Aliás, Messi até já conseguiu imitar, contra Espanhol e Getafe, os dois golos mais famosos da carreira de El Pibe, marcados no Mundial de 1986 à Inglaterra (um com a mão, outro depois de driblar meia equipa adversária). “Messidona”, chamou-lhe a Imprensa espanhola. Muitos dizem que Messi já é melhor do que Maradona, mas para nós não é. Maradona só há um e quem se lembra de como ele levava ao colo o Nápoles e a Argentina, percebe este argumento. Basta ver o que aconteceu no Mundial da Rússia.

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Artigo de
Equipa Paraeles

30-10-2020



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