Nos dias que correm são raras as pessoas que não recorrem a uma qualquer aplicação para registar os dados dos treinos. Ou mesmo aqueles que estão relacionados com saúde e bem-estar. Aquilo que muitos desconhecem é dos riscos que correm ao utilizar algumas aplicações de fitness bastante populares. Que estão a recolher muitos dados que podem acabar partilhados com terceiros. Sendo que estamos a falar de informações bastante preciosas relacionadas com cada pessoa. Estes podem acabar nas mãos de companhias de seguros, anunciantes (que os compram) ou nas de spammers e piratas informáticos. Quem faz o alerta é a Incogni, que analisou nove aplicaões.
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Uma das conclusões é a de que as aplicações analisadas recolhem, em média, 15,2 tipos de dados. A Fitbit é aquela que recolhe mais dados (21). Já a Justfit fica-se pelos cinco dados. Outro dado preocupante é o género de informação recolhida. MyFitnessPal, Strava, Peloton e Fitbit apuram a localização precisa dos utilizadores. Sendo que a Strava, Peloton e Fitbit também solicitam a localização aproximada. Oito aplicações recolhem dados como endereços de email e sete solicitam o nome da pessoa. Algumas, como a Fitbit e a WeightWatchers: Weight, até pedem o contacto telefónico. Já a YAZIO Food & Calorie Counter pede a morada do utilizador. Ou seja, algumas aplicações sabem com precisão moradas e locais de treino.
Aplicação quer saber orientação sexual dos utilizadores
Existem ainda alguns pormenores curiosos. Como o facto de a WeightWatchers: Weight Health pedir dados como raça e etnia. Ou o facto de a YAZIO Food & Calorie Counter querer saber a orientação sexual do utilizador, algo que não é opcional. Pela positiva, há a destacar o facto de as aplicações de fitness não cederem tantos dados a terceiros como aplicações de encontros online ou de moda. Neste aspeto, a mais preocupante é a BetterMe, que cede 17 dos 18 pontos de dados recolhidos.
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