Zeus é provavelmente o nome mais famoso da mitologia clássica e foi, no seu tempo, o mais importante deus do panteão grego, chegando mesmo a ser venerado em locais como Itália, Anatólia, ou Chipre. A ascensão de Zeus ao poder dá-se com o apoio dos inimigos do seu pai, entre os quais, os Ciclopes, que lhe deram a sua arma mais devastadora: o poder do raio.
A fama de Zeus na Antiguidade
As primeiras referências a Zeus remontam ao século XII a.C., mas seria a partir das obras de Homero e de Hesíodo, no século VIII a.C., que este deus começa a ser apresentado como a principal divindade do panteão grego. Zeus é o deus dos céus, do tempo, das leis, do destino e da realeza, sendo também a divindade que se senta no trono do Monte Olimpo – a casa dos deuses da mitologia grega. Filho do titã Cronos, o ambicioso deus do tempo que se tornaria no senhor do universo, e de Reia, a deusa titã da fertilidade, Zeus consegue sair vitorioso da devastadora Titanomaquia e sagrar-se o deus dos deuses.
Ao longo da sua vida, Zeus tomou diversas esposas, incluindo a sua irmã Hera, mantendo ainda vários romances tanto com deusas como com mulheres mortais. Dos seus quase 100 filhos, destacam-se o semi-deus Hércules (Héracles), a deusa Perséfone, o deus Apolo, o deus Ares, ou o deus Hermes, pelo que Zeus é descrito por Homero como sendo o “pai dos deuses”. Em: https://whoiszeus.pt, pode encontrar mais informações sobre a vida de Zeus.
Os poderes e habilidades de Zeus
O principal atributo de Zeus é a sua maior arma: o raio. Ao reunir aliados para defrontar Cronos e o seu exército, Zeus desce ao Tártaro para libertar os Ciclopes que, como prova de gratidão, oferecem-lhe este poder. O raio de Zeus foi fundamental para a vitória contra Cronos e os Titãs, mas foi também a arma usada pelo deus contra diversos inimigos ao longo da sua vida. Outro poder de Zeus é a capacidade de controlar as nuvens, as chuvas e o tempo em geral, podendo por isso provocar vários fenómenos meteorológicos. À semelhança do dilúvio bíblico, também Zeus eliminou as primeiras gerações humanas com um dilúvio por considerá-las indignas, à exceção de um casal – Deucalião e Pirra – que seria responsável por repovoar o mundo.
Para além destes poderes, Zeus era também uma divindade oracular e tinha a capacidade de controlar o destino, motivo pelo qual existiram vários oráculos consagrados a este deus. Por último, Zeus podia ainda assumir a forma de animais e de pessoas e esse seu poder é bastante comum ao longo dos seus romances. Para seduzir Alcmena, mãe de Hércules, Zeus transforma-se em Anfitrião, seu marido. Quando a princesa fenícia Europa é raptada por Zeus, o deus surge-lhe na forma de um touro e, para seduzir Leda, rainha de Esparta, assume a forma de um cisne.
Tentativas de destronar Zeus
Ao longo do seu percurso como soberano dos deuses, o poder de Zeus foi desafiado por vários rivais. A sua avó, Gaia, deusa primordial que personificava a Terra, revoltada com o tratamento dado aos Titãs após a Titanomaquia, envia os seus filhos, os Gigantes, para destronarem Zeus. Uma vez que os Gigantes apenas poderiam morrer às mãos de mortais, o semideus Hércules foi convocado para lutar ao lado dos deuses. Zeus lançava os seus raios sobre os inimigos, que eram depois atingidos pelas flechas do seu filho.
Após fracassar na sua missão de remover Zeus do poder, Gaia une-se a Tártaro e dá à luz Tifão, um gigante monstro alado com 100 cabeças, frequentemente referido como “pai dos monstros”. Quando Tifão se aproxima do Monte Olimpo, os deuses transformam-se em animais e fogem para o Egipto, à exceção de Zeus que, em algumas versões, terá sido encorajado pela sua filha Atena a ficar. Num primeiro momento, Tifão consegue subjugar Zeus, removendo-lhe os tendões das mãos e dos pés. Porém, Hermes regressa para auxiliar o seu pai e soberano e consegue devolver-lhe os tendões secretamente. Recuperado e com todas as suas forças restabelecidas, Zeus persegue então Tifão até à Sicília, onde consegue, por fim, matá-lo com o seu raio.
A última tentativa de usurpar o trono de Zeus partiu da sua própria esposa, Hera, que persuadiu os restantes deuses olímpicos a participar na traição. Para tal, Hera dá ao marido uma bebida com uma substância que o faz adormecer e, em seguida, é amarrado ao seu trono. Ao despertar, Zeus confronta os seus rivais e os gritos são ouvidos pelo hecatonquiro Briareu, que liberta Zeus das suas amarras. Todos os deuses foram perdoados de imediato, à exceção de Hera, que foi pendurada com correntes de ouro no Céu e mais tarde perdoada, sob a condição de nunca mais conspirar para destronar o marido.
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