Federico Chiesa. O pai jogou com Rui Costa e é comparado a CR7

Federico Chiesa. O pai jogou com Rui Costa e é comparado a CR7

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Federico Chiesa. O pai jogou com Rui Costa e é comparado a CR7

Filho do antigo avançado Enrico Chiesa foi lançado há dois anos pelo treinador português na Fiorentina, entretanto atingiu o estatuto de grande estrela dos “viola” e estreou-se na seleção A italiana com Portugal.

Artigo de André Cruz Martins

22-12-2018

A Fiorentina foi a San Siro derrotar o AC Milan e o único golo da partida foi apontado pela grande revelação da liga italiana. Falamos de Federico Chiesa, extremo direito de 21 anos, dono de uma capacidade técnica notável e de uma velocidade estonteante.

É filho de Enrico Chiesa. Ponta de lança que brilhou na década de 90 e início do século XX, especialmente ao serviço da Fiorentina e do Parma FC. Titular indiscutível na formação orientada por Stefano Pioli, destaca-se pelo elevado número de assistências, mas também marca golos.

Lançado por Paulo Sousa

Federico Chiesa iniciou a sua formação no Settignanese, um clube da Toscânia, mas rumou à Fiorentina com apenas dez anos. Foi Paulo Sousa o treinador que lançou Federico no futebol sénior, na época de 2016/17. O técnico português inclui-o no estágio de pré-temporada e surpreendeu ao colocá-lo a titular logo na primeira jornada da Série A, em casa da Juventus.

O primeiro golo foi num triunfo por 2-1 na Liga Europa com o Qarabag, curiosamente numa partida em que foi expulso. Com apenas 19 anos, fez 34 partidas oficiais pelos “viola” nessa primeira temporada como sénior, com quatro golos marcados.

“Nem acreditei quando Paulo Sousa me disse que eu ia ser titular contra a Juventus e até fiquei com os joelhos a tremer. E depois, quando marquei o meu primeiro golo na Série A, contra o Chievo, não sabia o que fazer. Quero dar 200 por cento para melhorar enquanto jogador. Estou na Fiorentina há dez anos e vou ficar mais quatro. Não podia estar mais feliz.”, referiu nos seus primeiros tempos na equipa principal dos “viola”.

Paulo Sousa compara-o a CR7

Em entrevista recente ao canal de televisão italiano “Sky Sport”, Paulo Sousa desfez-se em elogios ao ex-pupilo. “Tem coisas em que me fez lembrar Cristiano Ronaldo, nomeadamente a fome de vencer, de se superar, de querer ser sempre o melhor e bater todos os recordes. E tem tudo para vir a ser capitão da Fiorentina”, defendeu, acrescentando: “Ele joga com a alegria de uma criança e isso é a melhor coisa que se pode ver num profissional”.

Para além de ter sido lançado por um treinador português, o jovem extremo tem outra ligação ao nosso país: a estreia oficial pela seleção A italiana (e logo como titular) aconteceu no jogo da Liga das Nações com a equipa das quinas, em setembro, que terminou com o triunfo português por 1-0.

Pai brilhou ao lado de Rui Costa

Para já ainda é cedo para dizer que Federico é melhor jogador do que o pai. Sem dúvida que tem potencial para tal, mas terá de continuar a evoluir, de modo a confirmar as altas expetativas que existem à sua volta. Enrico Chiesa foi um dos grandes pontas de lança italianos do final da década de 90 e início do século XXI, tendo marcado 194 golos nos 514 jogos oficiais que disputou por clubes.

A sua melhor época foi a de 2000/01, precisamente na Fiorentina, o atual clube do filho, onde foi companheiro de Rui Costa, na altura com 29 anos e igualmente no auge da carreira.

Enrico não gosta de colocar pressão sobre o filho. “Ele diverte-se muito a jogar futebol e isso é que interessa. Tem de continuar por este caminho e a fazer boas exibições na Fiorentina. Se é parecido comigo? Vamos deixá-lo crescer e tem é de continuar a desfrutar do futebol”, sublinha. Há algo no entanto que une pai e filho: Federico usa a camisola 25, precisamente o número com que Enrico jogou grande parte da carreira.

Definitivamente, os Chiesa são uma família de futebolistas. Para além do pai de Federico, também o irmão joga futebol, nas camadas jovens da Fiorentina. De resto, em setembro último, depois de marcar um golo na vitória por 3-0 com o SPAL, Federico fez questão de correr na direção do mano mais novo, que estava de serviço como apanha-bolas.

Fiorentina recusou 50 milhões do Nápoles

Federico Chiesa tem sido cobiçado por grandes emblemas do futebol europeu. A Fiorentina tem-se mantido intransigente, não aceitando vender o seu passe. Em janeiro, o SSC Nápoles apresentou uma proposta de 50 milhões de euros. Nem assim o clube “viola” aceitou desfazer-se do seu jovem extremo.

Também a AS Roma ofereceu 40 milhões de euros e Federico estará na lista de grandes clubes ingleses, como Liverpool FC, Manchester United e Manchester City. Tem contrato com a Fiorentina até junho de 2022 e vamos ver até quando se irá manter em Florença.

Federico Chiesa está feliz ao lado da namorada

Fora dos relvados, a vida também parece correr sobre rodas a Federico. Está feliz ao lado da namorada Caterina Ciabatti, de 21 anos. Formada em Engenharia Civil, foi quando fazia o curso em Florença que conheceu o futebolista. Não falha um jogo da Fiorentina, estando normalmente acompanhada pelo sogro Enrico.

A sua relação com o futebolista ajudou-a a tornar-se numa influenciadora de sucesso nas redes sociais e já patrocinou vários produtos ligados à moda.

Joga no ataque com outro filho de pai famoso

Na Fiorentina, Federico Chiesa é companheiro de equipa de Giovanni Simeone. Outro filho de um grande ex-futebolista (Diego Simenone). Tem sido o habitual ponta de lança titular esta temporada, apesar do rendimento modesto.

Há poucos dias, o jovem hispano-argentino de 23 anos confessou que o seu grande sonho é ser treinado pelo pai no Atlético de Madrid. “Nunca tive a oportunidade de ser orientado pelo meu pai e jogar no Atlético de Madrid seria espectacular. Mas a verdade é que ele nunca falou comigo acerca dessa possibilidade”, afirmou, em declarações à televisão “Fox”.

Curiosamente, em setembro, Diego Simeone praticamente afastou a hipótese de um dia orientar o filho. “Ele é um menino que tem tudo para ser grande, mas, infelizmente, nunca vou contratá-lo. Bem, a verdade é que eu não quero dizer ‘nunca’. É muito difícil um dia ter o meu filho no vestiário, pois não seria bom para mim nem para a nossa relação”, defendeu.

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André Cruz Martins

22-12-2018



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