Vendeu dados biométricos à Worldcoin? Saiba no que se meteu…

Vendeu dados biométricos à Worldcoin? Saiba no que se meteu…

Consumo

Vendeu dados biométricos à Worldcoin? Saiba no que se meteu…

Está instalada a polémica em torno da cedência de dados biométricos à Worldcoin. Empresa defende-se, mas especialistas alertam para perigos de grande dimensão.

Artigo de Bruno Seruca

11-03-2024

Por estes dias muito se tem falado da Worldcoin. Em causa está o facto de cada vez mais pessoas estarem a vender os dados biométricos à empresa a troco de criptomoedas avaliadas em qualquer coisa como 70 euros. Muitas pessoas entram neste negócio apenas pelo dinheiro e desconhecem por completo os riscos que podem estar a correr. Algo que tem dado origem a várias polémicas.

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O primeiro dado a ter em mente, e que pode ser uma surpresa para muitas pessoas, é que a íris é o elemento biométrico mais fiável dos humanos, sem qualquer falha. Muito mais do que a impressão digital. Com recurso a um aparelho (Orb), a Worldcoin, fundada pelo criador do ChatGPT, fotografa a irís, ficando com os dados de quem aceita fazer parte deste negócio. O principal receio salientado pelos especialistas é de que os dados recolhidos acabem por ser vendidos a terceiros. O que faz com que os dados possam mesmo vir a ser utilizados por criminosos ou comercializados no mercado negro. O que significa que alguém possa ter acesso a serviços de saúde e contas bancárias assim que a irís passar a ser um forma de validar a identidade.

Queixas em Portugal

Apesar de todo o burburinho, a Worldcoin continua a garantir que não existe qualquer risco neste negócio. E que os dados mantêm-se privados e em segurança. Ainda assim, a SIC dá conta de que em Portugal existem menores entre os 300 mil portugueses que já cederam o dados. A empresa diz que só podem participar pessoas com mais de 18 anos, mas uma mãe de um menor garante ao canal que não autorizou que o filho, de 16 anos, cedesse os dados. O menor, mesmo sem conta bancária, teve acesso ao dinheiro recebido. Em Espanha, a atividade da Worldcoin foi suspensa. Existem inquéritos abertos em diversos países. Em Portugal, tudo continua a funcionar com normalidade, apesar de a Comissão Nacional de Proteção de Dados já ter recebido diversas queixas. A procura é tanta que é necessário agendamento para ceder os dados.

Fotos: Shutterstock

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Artigo de
Bruno Seruca

11-03-2024



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