O Festival de Cinema de Cannes é um dos melhores e maiores palcos para filmes não tão convencionais ou independentes. Todos os anos há um– ou mais – que vão um pouco adiante com o objetivo de chocar o público. Este ano, o título vai para o realizador franco-tunisino Abdellatif Kechiche e o seu “Mektoub, My Love: Internezzo”, uma longa metragem que roça quase o limite da pornografia.
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São três horas e meia de cenas de exploração sexual gratuitas num filme com quatro horas de duração. Foi uma cena explícita de sexo oral na casa de banho de uma discoteca, com quase 20 minutos de duração, que mais chocou em Cannes. A indignação foi de tal ordem que muitos decidiram abandonar a exibição. Foram surgindo fotos nas redes sociais que confirmam esse abandono das salas e vão se também somando críticas.
Veja o vídeo:
Abdellatif Kechiche já venceu a Palma de Ouro em Cannes
Esta não é a primeira vez que Abdellatif Kechiche gera controvérsia em Cannes. O realizador foi acusado de comportamento impropriado pelas atrizes que protagonizaram a “A Vida de Adèle”, filme que venceu, em 2013, a Palma de Ouro em Cannes.
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Este novo filme é o segundo de uma trilogia baseada no romance de François Bégaudeau, “La Blessure, la vraiee”. O primeiro, “Mektoub, My Love: Canto Uno”, também gerou polémica pelo conteúdo sexual, dessa feita no Festival de Cinema de Veneza. Ainda assim, a imprensa especializada afirma convictamente que o novo filme consegue ser ainda mais chocante.
A ação de “Mektoub, My Love: Internezzo” passa-se no fim do verão de 1994, o fim da adolescência para Marie, uma jovem que passa férias com os pais e está sozinha na praia a ler um livro quando é convidada para se juntar a um grupo de amigos que conhecemos em “Mektoub, My Love: Canto Uno”.