Koscielny coloca ponto final na carreira internacional e revela desejo de ver a seleção francesa perder

Foi no jogo das meias-finais da Liga Europa, disputado em Espanha, frente ao Atlético de Madrid, que Laurent Koscielny sofreu uma lesão bastante grave. O defesa central francês caiu no relvado e pela sua expressão ficava evidente que era algo grave. Acabou por se confirmar uma rutura do tendão de Aquiles, algo que afastou o jogador do Arsenal dos relvados durante largos meses e fez com que não representasse a seleção francesa no Mundial deste ano, que os “bleus” acabaram por vencer.

Agora, com 33 anos, Koscielny diz adeus à seleção francesa. Uma decisão que chega com muita mágoa à mistura. “Penso que dei aos bleus tudo o que podia. Tenho 33 anos, joguei dois Europeus e um Mundial. A lesão não mudou nada. Os ‘bleus’ chegaram ao fim para mim”, começa por dizer em entrevista ao Canal+. Acrescentando que não foi fácil lidar com a prestação francesa durante o Mundial da Rússia.

“Durante o torneio queria que se qualificassem mas ao mesmo tempo que perdessem”

Laurent Koscielny diz mesmo que a vitória gaulesa provocou um “dano psicológico superior ao da lesão”, revelando que chegou a desejar que a seleção perdesse. “Sentia-me muito feliz por eles mas também muito desgostoso. Não podia sentir-me campeão do mundo, como podiam ser os 60 milhões de franceses. Durante o torneio queria que se qualificassem mas ao mesmo tempo que perdessem”, diz.

A dor estende-se também ao selecionador, Didier Deschamps. O jogador do Arsenal refere que só recebeu um telefonema do treinador, algo que aconteceu em setembro, no dia do seu aniversário. Mas Deschamps não foi a única pessoa que acabou por desapontar o jogador. “Quando estás bem tens muitos amigos, quando estás lesionado esquecem-se de ti ao fim de algum tempo”, conclui.