Fã de séries sobre narcotráfico? Exemplos de produções que exploram o tema abundam nas plataformas de streaming, sobretudo na Netflix. Narcos é o exemplo mais carismático. Mas nem todos são apreciadores deste tipo de conteúdos, nomeadamente aqueles que vivem de perto o terror do narcotráfico nas ruas. O México é um dos locais de eleição destas produções, por se tratar de um país onde o fenómeno é mais evidente, e o seu presidente, Andrés Manuel López Obrador, fez recentemente críticas a estas séries. Segundo ele, mostram um “mundo cor de rosa” que oculta a tragédia do consumo de drogas.
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Presidente do México critica séries da Netflix
“É tudo manipulado nas séries da Netflix, onde se pintam mundos cor de rosa, gangues de (…) narcotraficantes, com atores, homens, mulheres lindas, residências, carros novos, joias, roupas de marca, poder”, disse numa conferência de imprensa. “Não há nada que provoque tanto sofrimento, destruição, sobretudo de jovens. E estamos a falar de milhares de mortes. Nos Estados Unidos é um problema grave”, afirmou o governante.
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Apesar das críticas, não é a favor da proibição deste tipo de conteúdo, como tentaram sem sucesso legisladores do país, mas antes de uma visão mais crítica. Para se ter noção do problema do narcotráfico naquele país, Andrés Obrador revelou dados, na conferência de imprensa, realmente impressionantes. Segundo o estadista, desde 2006, ano em que foi lançada uma operação militar antidrogas, os atos de violência já tiraram a vida a mais de 340 mil pessoas no país, sendo que 75% desses homicídios estão ligados ao comércio de alucinogénios.
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