Tem uma elegância sem paralelo, é uma das atrizes mais reconhecidas e poderosas de Hollywood e tem também uma faceta humanitária que lhe é reconhecida pelo papel como embaixadora das Nações Unidas para os Refugiados.
As várias visitas que faz por campos de refugiados por todo o mundo (muitas delas acompanhadas por António Guterres, que foi o Alto Comissário das Nações Unidas nesta matéria) são notícia em todo o mundo. Participou recentemente numa destas missões que não correu muito bem.
A atriz foi incumbida pela ONU a avaliar a situação dos migrantes venezuelanos no Peru, onde mais de 400 mil procuram asilo, por conta da crise vivida no país de Nicolás Maduro.
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“É uma agente da CIA, do Departamento de Estado”
Em conversa com as pessoas, tentou compreender a situação vivida na Venezuela. “A Venezuela é como uma zona de guerra… Como pode ser boa [a situação no país] se 2,5 milhões de pessoas partiram?”, questionou-se a atriz, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos negócios estrangeiros do Peru Néstor Popolizio.
“Os venezuelanos com quem conversei, tanto em Lima como em Tumbes, não querem caridade, querem uma oportunidade para seguir em frente”, disse também.
Como seria de esperar, esta posição de Angelina Jolie não caiu bem no regime de Nicolás Maduro. Uma das maiores figuras do país, Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional Constituinte e número dois do regime, insurgiu-se contra a atriz no seu programa de televisão “Con el mazo dando”.
“É uma agente da CIA, do Departamento de Estado… são os instrumentos do imperialismo norte-americano”, acusou Diosdado Cabello.
O homem disse também que Jolie se devia “preocupar com os 43 milhões de pobres nos EUA” e com”as crianças que mantêm em jaulas”, numa referência aos menores separados dos pais na fronteira com o México. Em tom irónico, desafiou a atriz a encontrar a Venezuela no mapa.
Fotos: Reprodução Instagram
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