Presente nos lares de milhões de brasileiros, a Havaianas entende a importância de ligar pessoas em diferentes contextos sociais, rumo a um caminho mais democrático e com mais oportunidades. Em parceria com a Gerando Falcões, ecossistema de desenvolvimento social que atua em rede nas favelas, a marca lança o projeto Favela Creations para fortalecer e impulsionar artistas de comunidades de todo o país. “A favela é a maior startup brasileira, um berço de inovação para o desporto, a arte, a música, a gastronomia e o empreendedorismo. A Havaianas abriu a sua plataforma para retratar essa inovação e gerar uma frente de verdadeiro impacto social. Um case do que é ESG! Uma referência de uma empresa e uma ONG que combatem, juntas, a pobreza em escala nas favelas”, realça Edu Lyra, CEO e Fundador da Gerando Falcões.
Havaianas lança coleção criada por artistas das favelas do Brasil
O modelo criado pelo duo Acidum Project retrata a riqueza que eles veem nas pessoas e nas periferias do Nordeste, desde a textura do asfalto, das paredes de tijolo, das roupas penduradas, até aos detalhes sobre as pessoas que ali moram, como as cores e combinações que elas vestem. “Quando recebemos o convite para criar algo que representasse as nossas realidades, optámos por seguir uma linha abstrata, que remete para a organização do caótico dentro da arte, tendo em conta todas as riquezas e misturas de cores e formas que encontramos nas pessoas à nossa volta e nos diferentes lugares onde habitamos”, afirmam Robézio e Tereza, criadores do Acidum Project.
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Já o modelo criado por Luis World traz a imagem de uma criança a voar, levando um coração. O desenho simboliza a esperança, a força e o direito de ir e vir que todos os moradores desejam. “Eu acredito muito nas energias que absorvemos e emanamos no dia a dia e como elas contribuem para a criação da minha arte, principalmente pela essência do grafite, que é uma arte de construção coletiva. O coração na minha criação representa a visceralidade que eu procuro nos meus trabalhos e esta pintura serve para reforçar que as pessoas da comunidade também merecem o amor e a liberdade”, comenta Luís.
Parte das das vendas destes modelos reverterá para iniciativas em prol destas comunidades
Para Jamaikah, o estampado criado foi inspirado na sua infância, através de um encontro sensorial ocorrido na época. O desenho retrata a sua lembrança afetiva de brincar na rua, esfolar os joelhos e olhar para o céu cheio de papagaios, que lhe traziam a sensação de liberdade e empoderamento. “Questionei-me sobre o que ia pintar e como trazer essas lembranças do que o bairro da periferia representa para os produtos, e então iniciei esse processo de aprofundamento de forma manual, colocando tudo no papel, fragmentando essa ligação que tenho com a natureza. Também tentei representar o meu crescimento em plena zona rural, fazendo referência às brincadeiras e ao céu, que sempre nos acompanhava”, explica Jamaikah.
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Wanatta trouxe na sua arte uma composição de elementos inspirados nas tatuagens, um símbolo muito forte na comunidade e que traz um desenho clássico — a composição mostra um jaguar a proteger a sua cria, que leva a favela no peito. “Na minha criação eu tentei retratar quem sou enquanto artista e também quem sou enquanto pessoa da comunidade. As tatuagens foram uma das principais inspirações para a minha criação e, seguindo esses traços, o jaguar representa as mães das comunidades, que protegem as suas crias com muita garra; a criança representa as novas gerações, que trazem essa comunidade no peito e a vão levar para o mundo”, diz Wanatta sobre a estampa.