Se gostava de praticar desporto sem mexer um músculo, fique a saber que a ciência está do seu lado. Foi essa a conclusão de mais uma edição do programa Confie em Mim, Sou Médico, exibido na BBC. Que tinha por objetivo descobrir se fazer exercício com a mente, algo usado nos treinos de alto nível, tinha efeito em pessoas com vidas sedentárias. Para obter uma resposta, foram estudadas diversas pessoas, com a experiência a ser conduzida por Tony Kay, um professor da Universidade de Northampton, situada no Reino Unido.
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O especialista em biomecânica do exercício escolheu para este teste sete pessoas que não praticam desporto com regularidade. Nenhum deles passa mais de duas horas a praticar desporto ao longo da semana. A experiência centrou-se apenas nas pernas, mais especificamente nos gémeos. Inicialmente, foi medida a força do músculo, o tamanho e a percentagem de uso. Algo feito com a realização de um exercício simples que levava à contração do músculo.
Esta técnica é utilizada por atletas de topo para melhorar o rendimento
Seguiram-se 15 minutos a pensar no exercício. Algo que foi repetido durante um mês. Passado este período de tempo, a força dos gémeos aumentou, em média, 8%. Sendo que uma das pessoas estudadas teve um aumento superior a 30%. Tony Kay explica que este resultado não está relacionado com o aumento da massa muscular. Mas pelo facto de o pensamento levar a que as pessoas aprendam a estimular melhor as fibras musculares.
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No momento inicial do estudo, as sete pessoas utilizavam, em média, 46,3% da massa muscular da barriga da perna. Passado um mês, o valor passou para quase 69%. “Conseguiram exigir mais do músculo”, refere. “Com isso, ativam uma percentagem muito maior do músculo ao fazer o exercício, o que lhes permite produzir mais força”, acrescenta. Além de ser uma técnica usada por atletas de topo, é igualmente bom para pessoas que estejam lesionadas ou impedidas de praticar desporto. Pois ajudará a evitar que se perca força muscular.
Fotos: iStock by Getty Images
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