A história do nosso amigo preservativo

A história do nosso amigo preservativo

Amor e Sexo

A história do nosso amigo preservativo

A polémica entre teólogos e historiadores no que toca à história do preservativo é grande. Não se sabe ao certo quando foi inventado e por quem. Dos primeiros exemplares, de intestino de animal, até aos mais recentes, em latex, a história foi longa. Sabe tudo aqui.

Artigo de Hugo Mesquita

21-08-2017

Alguns afirmam que o preservativo surgiu na antiguidade clássica, mas não existem dados históricos concretos que possam aferir a veracidade deste facto. Do que se conhece, sabe-se que os primeiros foram feitos para proteger somente a glande. Ao nível de materiais, alguns seriam de linho e outros de intestino de cordeiro.

A primeira descrição incontestada do preservativo surge na Itália do século XVI, por Gabriele Fallopio, num documento sobre a epidemia de sífilis que assolou a Europa daquela tempo. Pode se concluir por aí, embora sem certezas, que o primeiro uso dado pelo preservativo foi a prevenção de doenças, neste caso sífilis.

Posteriormente, no início do século XVII, Leonardus Lessius escreveu “Da Justiça e da Lei”, onde condena o uso de preservativo como forma de prevenir a gravidez. O autor refere-se ao seu uso como sendo “imoral” e desde aí passa a ser um motivo de grande discussão nos círculos intelectuais e religiosos.

A polémica em torno do preservativo não impediu que a sua comercialização crescesse rapidamente. A partir do século XVIII, começaram a ser vendidos em tabernas, barbearias, drogarias e até nos teatros. No entanto, era apenas destinado às classes mais altas.

 

Preservativo com manual (1813)

 

Estes primeiros exemplares eram caros e frágeis, o que tornava a sua fiabilidade questionável. Foi com a descoberta do processamento da borracha natural, por Charles Goodyear, em 1839, e com a sua aplicação nos preservativos, que estes se tornaram mais fiáveis – os preservativos esticavam e não se rompiam com facilidade.

Em 1920, surge o látex. Os preservativos de borracha tinham que ser mergulhados em gasolina ou benzina e com o látex (borracha suspensa em água), esse processo eliminou o risco de incêndio nas fábricas de preservativos. Para além disso, os preservativos de látex são superiores ao nível da resistência e da durabilidade – os prazos de validade subiram de 3 meses com a borracha para 5 anos com o látex.

Papel das guerras na divulgação do preservativo

As guerras tiveram um papel importante no crescimento do preservativo. A guerra civil americana foi o primeiro “agitador” e depois seguiram-se as duas guerras mundiais. Nestes três períodos, os casos de doenças sexualmente transmissíveis tiveram grandes picos, o que levou a que a utilização do preservativo se tornasse cada vez mais comum.

Mais recentemente, o vírus da imunodeficiência humana (VIH), ou SIDA, como é mais conhecido, também levou a que a divulgação do preservativo se tornasse universal. Com especial atenção aos países menos desenvolvidos.

Lê também:

Siga o ParaEles no Instagram
Instagram @paraelesofficial

Siga o ParaEles no Instagram
Instagram @paraelesofficial

Artigo de
Hugo Mesquita

21-08-2017



RELACIONADOS