Vício por videojogos pode indicar uma doença mental

Vício por videojogos pode indicar uma doença mental

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Vício por videojogos pode indicar uma doença mental

O tema do vício por videojogos tem preocupado a comunidade médica internacional, e há até quem a compare com a adição por cocaína.

Artigo de Equipa Paraeles

21-06-2018

O vício por videojogos tem sido um tema que tem preocupado há já algum tempo a comunidade médica internacional. Em 2013, por exemplo, a Associação Americana de Psiquiatria incluiu esta condição numa lista de problemas mentais e comportamentais.

Alguns anos depois, em dezembro do ano passado, a Organização Mundial  de Saúde (OMS) apresentou pela primeira vez este problema como um distúrbio mental classificado pela Classificação Internacional de Doenças. Porém, a intenção não passou disso mesmo, já que a maioria dos profissionais de saúde não concordaram com a decisão.

Ainda assim, a mesma OMS avançou com uma nova proposta, a 18 de junho, para reconhecer oficialmente o vício por videojogos como um distúrbio mental. Pese embora, as diferentes opiniões de uma grande franja da comunidade médica.

“Um vício é uma doença crónica de recompensa, motivação, memória e circuitos relacionados a nível cerebral”

A divergência surge na comparação desta condição com outros vícios como álcool, drogas ou mesmo tabaco. Uns defendem que não pode ser tratado como um vício. Já outros, como o psiquiatra Petros Levounis, chegam mesmo a comparar o problema com a adição por cocaína.

Este profissional, em declarações ao New York Times, explica que um vício não tem que envolver drogas:” Um vício é uma doença crónica de recompensa, motivação, memória e circuitos relacionados a nível cerebral”. Explica ainda que qualquer substância ou atividade que liberte no cérebro hormonas que desencadeiam prazer, pode tornar-se num vício se o indivíduo chegar a um ponto que deixe de racionalizar corretamente, preferindo aquilo que o vicia a qualquer outra atividade mais saudável e social.

O que preocupa aqueles que estão contra a inclusão deste vício na lista de distúrbios mentais não são as consequências negativas – que sabem existir – mas antes a utilização do termo vício e a sua banalização. Resumidamente e de uma forma mais clara, não concordam que seja tudo “colocado no mesmo saco”.

Citados pela mesma publicação, os especialistas que opõem explicam que a diversão faz parte e que não há existe mal em querer experimentar pontualmente videojogos. Como tudo, está dependente da intensidade, duração, frequência e contexto em que, neste caso, se joga.

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Artigo de
Equipa Paraeles

21-06-2018



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