As novas estirpes do coronavírus têm trazido novos debates relacionados com a pandemia que assola o mundo há largos meses. Recentemente começou a debater-se o uso de máscaras de proteção individual. “Será que estou protegido com uma máscara comunitária?”, é a pergunta que muitos fazem. “Basta usar uma cirúrgica?” ou “é melhor optar por máscaras FFP2?” são outras das dúvidas comuns.
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Que ganham ainda maior destaque quando chegam notícias de que países como Alemanha, França e Áustria já proibiram o uso de máscaras comunitárias em locais públicos. Nestes países é obrigatório recorrer às máscaras FFP1 (conhecidas como cirúrgicas) ou FFP2. EM relação às primeiras, estas têm uma capacidade de bloqueio igual ou superior a 95%. No caso das FFP2, o valor oscila entre os 90 a 95%. Sendo que estas costumam ser mais utilizadas em ambiente hospitalar. A decisão de proibir o uso das máscaras comunitárias está relacionada com a forma ineficaz como protege das novas mutações do vírus SARS-CoV-2. Até porque não existe grandes dados sobre a eficiência das mesmas, especialmente com o passar do tempo e várias lavagens.
Recomendação está relacionada com mutações do vírus e com a eventual ineficácia das máscaras comunitárias
De modo a ajudar a esclarecer a opinião pública, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia fez chegar às redações um comunicado no qual aborda o tema. Recomendando o uso obrigatório de máscaras cirúrgicas devido à impossibilidade de garantir a qualidade de diversas máscaras caseiras. “Deverá ser considerada a obrigatoriedade de uso de máscaras cirúrgicas, podendo ser considerado, apenas em alternativa, o uso de máscaras comunitárias certificadas pelo CITEVE que, cumprindo os critérios de filtração de partículas, respirabilidade e boa adesão à face e nariz, conferem uma proteção comparável”, explica.
Se estiver perante um contexto de maior risco de exposição ao vírus, “nomeadamente os cuidadores de doentes ou famílias com elementos infetados por covid-19, ou situações associadas a maior aerossolização e disseminação de gotículas respiratórias, deverá ser equacionado o uso de máscaras FFP2”, conclui.
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