Trilhos: a Serra da Estrela tem 375 quilómetros para explorar no verão

Trilhos: a Serra da Estrela tem 375 quilómetros para explorar no verão

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Trilhos: a Serra da Estrela tem 375 quilómetros para explorar no verão

A serra da Estrela está integrada no Parque Natural da Serra da Estrela, que desde 1976 é a maior área protegida em solo português.

Artigo de Equipa Paraeles

17-06-2019

Não é segredo para ninguém que a Serra da Estrela é o grande destino português de inverno, devido às atividades relacionadas com neve. No entanto, também há muito para fazer na primavera e no verão, naquela que é uma das zonas mais bonitas de Portugal. Serra da Estrela, a escapadinha de verão que tem 375 quilómetros de trilhos para explorar.

Está situada no centro do país, na região das Beiras e designa a cadeia montanhosa onde se encontram as maiores altitudes de Portugal Continental. O seu ponto mais elevado tem 1993 metros de altitude, tornando-a na segunda montanha mais alta de Portugal, apenas superada pelo Pico, nos Açores, que é 358 metros mais alta. A serra da Estrela está integrada no Parque Natural da Serra da Estrela, que desde 1976 é a maior área protegida em solo português.

Visita à Torre

No concelho de Seia situa-se a Torre, o ponto mais alto da Serra da Estrela, a 1993 metros de altitude. Vá de carro e conte com uns bons minutos de viagem a subir a vasta montanha. No local existe um marco geodésico que assinala o ponto mais elevado da Serra.

Deste grande miradouro tem-se uma vista esplendorosa, certamente das melhores de Portugal, sobre a paisagem de vales e cursos de água. Nos dias sem nuvens a vista pode alcançar o mar da Figueira da Foz. Aqui existem diversos pontos de apoio aos visitantes, nomeadamente restauração e lojas que oferecem produtos regionais, como o famoso queijo da serra, lanifícios, mel e pão.

As praias fluviais

A Serra da Estrela está muito bem servida de belas praias fluviais, com o senão das suas águas serem frias, mesmo no verão. Afinal de contas, estamos a falar de uma zona de montanha. Há três praias fluviais que se destacam. Em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, encontra-se a Praia Fluvial de Loriga, no Vale Glaciar de Loriga, cujos vestígios ainda hoje são visíveis. A praia está rodeada por um ambiente natural preservado, numa área de relevo acidentado e de grande beleza natural. Possui boas infraestruturas de apoio, oferecendo ainda a possibilidade de praticar diversas atividades de aventura e passeios pedestres.

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A Praia Fluvial de Lapa dos Dinheiros, também conhecida como Caniça, encontra-se a 8 quilómetros de Seia. Está enquadrada numa paisagem de montanha rodeada por castanheiros e o relevo acidentado do vale faz com que uma pequena ribeira forme pequenas cascatas. A praia está dividida em área de banhos, solário, bar e outras estruturas de apoio.

A Praia Fluvial de Vila Cova à Coelheira fica localizada em pleno parque natural da Serra da Estrela, com águas muito límpidas e frias. Uma ponte romana sobre o rio Alva dá acesso à praia. A praia é vigiada e as suas águas e a zona de banhos tem areão no fundo. Existe uma grande zona para piqueniques e mesmo ao lado da zona fluvial está o Parque de Campismo de Vila Cova à Coelheira.

375 quilómetros de trilhos

A Serra da Estrela tem inúmeros caminhos demarcados para serem realizados a pé, de bicicleta ou até de cavalo. E com diferentes tipos de dificuldade. No total, são nada mais nada menos do que 375 quilómetros de trilhos. As melhores estações do ano para os explorar são a primavera e o verão.

É da Lagoa Comprida – a mais conhecida e a maior das lagoas do maciço superior da Serra da Estrela – que partem alguns dos mais interessantes percursos pedestres. Um dos melhores é a caminhada até ao Covão dos Conchos, famoso pela lagoa com um buraco no meio. O trajeto de ida e volta desde a Lagoa Comprida ao Covão dos Conchos é de aproximadamente 9 quilómetros, com grau de dificuldade baixa. A velocidade moderada, demora cerca de três horas (ida e volta).

Três lindas aldeias para visitar, além dos trilhos

A Serra da Estrela destaca-se pelas várias aldeias interessantes. Em plena Serra da Estrela encontramos a aldeia de Cabeça, com as suas casas em xisto. Encontra-se num morro, perto da ribeira de Loriga. Enquanto caminha pelo empredrado, não deixe de visitar duas igrejas (São Romão e Paroquial) e duas capelas (Santo António e Nossa Senhora da Nazaré).

Fontão de Loriga é outra aldeia a visitar. Está situada num vale glaciar e a Garganta de Loriga é considerado um ponto de interesse geológico. Folgosinho situa-se no coração da Serra da Estrela, numa encosta norte, a 933 metros de altitude. De lá tem-se uma vista fantástica da serra e das povoações em redor. A sua grande atração turística é o castelo, com um relógio na torre principal.

A fantástica gastronomia recuperar energias dos trilhos

O queijo da Serra da Estrela é a mais conhecida iguaria da região. Fabricado há centenas de anos pela população local, não é exagero dizer-se que se trata de um dos mais famosos queijos do mundo. Tem um sabor intenso e uma pasta amanteigada que o tornam único.

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O cabrito assado no forno, o arroz de zimbro, o bacalhau com broa, o arroz de míscaros e o ensopado de borrego são alguns dos pratos típicos. Como sobremesa, destacam-se as papas de milho. Não faltam bons restaurantes na zona. Destacamos O Júlio, em Gouveia, onde pode deliciar-se com a gastronomia tradicional de inspiração beirã.

Há propostas deliciosas como cabrito com míscaros, arroz de carqueja com entrecosto e arroz de feijão com entrecosto em vinha d’alhos. Isto sem esquecer os enchidos da zona, como farinheira torrada no azeite e morcela à moda de Gouveia. E ainda há pratos de caça, nomeadamente perdiz, javali e coelho. O Museu do Pão, em Seia, tem um vasto buffet com pratos regionais da zona. E, fazendo jus ao nome, existe uma grande variedade de pão. As sobremesas são deliciosas, destacando-se o arroz doce e pêras bêbadas.

Percorra a galeria e veja algumas fotos da Serra da Estrela, ideal para fazer trilhos.

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Artigo de
Equipa Paraeles

17-06-2019



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