A chegada do outono é sinónimo de agitação. De acordo com os meteorologistas a Terra poderá ser atingida por uma tempestade geomagnética já nesta quarta-feira (25). Algo que está associado ao equinócio de outono. De acordo com o Space.com, ocorreu uma ejeção de massa coronal (enorme nuvem de plasma magnetizado, vindo da atmosfera do Sol e atirada para o espaço interplanetário) no último domingo. Tudo porque uma mancha solar, denominada AR3885, deu origem, quando nada o fazia prever, uma erupção solar de classe M.
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Relógio presta homenagem à NASA
A massa coronal pode dar origem a uma tempestade geomagnética devido a um fenómeno que é conhecido como efeito Russell-McPherron. Sendo importante realçar que nos equinócios da primavera e outono é a altura em que as tempestades geomagnéticas e a atividade climática espacial costumam atingir o pico mais alto. Algo que se deve ao facto de a Terra ter o seu campo magnético alinhado com o do Sol.
Estas condições levam a que a ejeção de massa coronal seja mais provável nestes dois momentos do que no resto do ano. “[A orientação dos polos da Terra com o Sol] maximiza o acoplamento entre o vento solar e o campo magnético da Terra”, explica Mike Hapgoof em conversa com a Newsweek. O consultor principal em clima espacial do Rutherford Appleton Laboratory Space, no Reino Unido, refere ainda que “no verão ou no inverno, um dos polos da Terra está a apontar num ângulo em relação ao vento solar, então o acoplamento entre eles é menor e, portanto, há menos tempestades em média”.
Corremos algum risco?
Mas aquilo que todos querem saber é se existe risco de lidar com alguma espécie de apocalipse elétrico. E a verdade é que não existem motivos para alarme. Isto se tivermos em conta uma publicação feita pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional no X, antigo Twitter. Que salienta que o clima geomagnético provocado pela ejeção da massa coronal será uma tempestade de classe G1 ou “menor”. Ou seja, a mais fraca de cinco categorias.
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