Amesterdão é uma das capitais que mais atrai os jovens. Isto deve-se aos coffe shops, onde são vendidas e consumidas drogas leves, como também às famosas montras com mulheres, na zona conhecida por Red Light District. Aliás, o único local onde os homens olham mais para as montras do que as mulheres, é mesmo nesta cidade holandesa. Desde o início de 2018, que passou a haver novas regras.
A Câmara Municipal da cidade decidiu que os turistas têm que ficar de costas voltadas para as janelas onde estão as prostitutas. Isto quando param para ouvir as explicações do guia. O objetivo é respeitar as trabalhadoras do sexo. Além de evitar olhares demorados para as mulheres. Passou também a ser proibido tirar fotos ou conversar com as prostitutas. Antes da pandemia da Covid-19, passavam pelo bairro mais de 30 mil turistas todas as semanas, sendo que esta zona tem quase 300 janelas dedicadas à prostituição.
O Red Light District é uma das principais atrações de Amesterdão
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Agora, a autarquia quer mesmo acabar com as janelas nas quais as profissionais do sexo angariam clientes. Isto depois da pandemia ter levado ao encerramento temporário do Red Light District. A câmara municipal aprovou uma proposta da presidente Femke Halsema para fechar as famosas janelas. O obejtivo depois é deslocar as profissionais do sexo para uma zona nos subúrbios de Amesterdão.
Esta zona tem quase 300 janelas dedicadas à prostituição
“O fim do Red Light District é uma reconfiguração de Amesterdão enquanto cidade turística. Os turistas são bem-vindos para desfrutar da beleza e liberdade da cidade, mas não a qualquer custo”, defendeu Dennis Boutkan, do Partido Trabalhista Holandês, ao jornal The Guardian. “Amesterdão é uma cidade internacional e desejamos atrair turistas, mas gostaríamos que viessem pela sua riqueza, a sua beleza e as suas instituições culturais”, afirmou a presidente Femke Halsema.