Nos últimos tempos muito se tem falado sobre a possibilidade de acontecer uma guerra nuclear. Se este cenário se vier a verificar, estima-se que 5 mil milhões de pessoas percam a vida. Deixando o mundo com “apenas” 3 mil milhões de habitantes. Se quiser fazer parte deste grupo deverá refugiar-se em dois países. Quem o garante é Annie Jacobsen, autora de best-sellers como Guerra Nuclear: Um Cenário.
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Em conversa com Steven Bartlett, no podcast The Diary of a CEO, a autora dá a conhecer aquilo que as pessoas devem fazer para sobreviver. “Estive recentemente na Nova Zelândia e na Austrália, é exatamente para lá que iria”, começa por dizer. “A maior parte do mundo, certamente as latitudes médias, estaria coberta por camadas de gelo, os corpos de água doce e lugares como Iowa (EUA) e Ucrânia seriam apenas neve durante 10 anos – assim a agricultura falharia e quando a agricultura falha as pessoas simplesmente morrem”, acrescenta. “Além disso, há o envenenamento por radiação porque a camada de ozono será tão danificada e destruída que não se poderá ficar ao ar livre sob a luz do sol. As pessoas serão forçadas a viver no subsolo e então há que imaginar as pessoas a lutar por comida em todos os lugares, exceto na Nova Zelândia e na Austrália”, termina.
“Provavelmente haveria grupos de sobreviventes em todo o mundo”
Esta opinião vai ao encontro de um estudo recente publicado no Risk Analysis. Que destaca a Austrália como o melhor local do mundo para estar caso deseje sobreviver a um apocalipse nuclear. Segue-se a Nova Zelândia. Com os especialistas do trabalho a destacarem ainda Islândia, Ilhas Salomão e Vanuatu. É salientado que estes são os países com a melhor capacidade de sustento no que à agricultura diz respeito. Isto depois de uma “catástrofe abrupta de redução da luz solar”, pode ler-se em declarações citadas pelo Daily Mail. Referem os investigadores que “provavelmente haveria grupos de sobreviventes em todo o mundo, mesmo nos casos mais graves”, só que nem todas as nações teriam a mesma capacidade de resposta na sobrevivência.
“A reserva de abastecimento de alimentos da Austrália é gigantesca”
Para o trabalho foram analisados 38 países insulares, tendo sido estudados 13 fatores. Como são os casos de produção de alimentos, autossuficiência energética, manufatura e o efeito do desastre no clima. E tudo isto faz com que a Austrália e também a Nova Zelândia surjam num patamar destacado. “A reserva de abastecimento de alimentos da Austrália é gigantesca. Com potencial para alimentar muitas dezenas de milhões de pessoas a mais”, dizem. A isto junta-se a boa saúde, segurança nacional e infraestrutura de energia.
Pelo lado negativo é destacado os laços militares que unem os dois países aos Estados Unidos da América e Europa Ocidental. “Temos essa economia de exportação de alimentos supereficiente que poderia alimentar os neozelandeses várias vezes apenas com as exportações”, realça Nick Wilson, professor da Universidade de Otago, Wellington, Nova Zelândia e um dos mentores do trabalho. Que acrescenta que, no pior cenário, a produção de alimentos da Nova Zelândia seria prejudicada em 61%. O que ainda deixaria o suficiente para alimentar o país.
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