KP.2: Tudo o que precisa saber sobre a nova variante do coronavírus

KP.2: Tudo o que precisa saber sobre a nova variante do coronavírus

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KP.2: Tudo o que precisa saber sobre a nova variante do coronavírus

Tudo o que precisa de saber sobre a KP.2, a nova variante do coronavírus que tem vindo a crescer.

Artigo de Bruno Seruca

28-05-2024

Existe uma nova variante do coronavírus a dar que falar. Trata-se da KP.2 que tem vindo a destacar-se nos Estados Unidos da América, ao ponto de representar quase 30% dos novos casos da covid-19 naquele país. Perante o crescimento da KP.2, a CNN Brasil esteve à conversa com Leana Wen, médica de emergência e professora clínica na Universidade George Washington, para perceber aquilo que todos devem conhecer sobre a nova variante da doença que já deixou o mundo em suspenso.

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“Sempre que há uma nova variante, há três perguntas principais a serem feitas: É mais contagiosa? Causa uma doença mais grave? E as vacinas e tratamentos existentes funcionam? Uma razão pela qual uma nova cepa substitui as anteriormente dominantes é que ela é tão contagiosa quanto ou mais. Isso significa que a KP.2 pode espalhar-se muito facilmente, algo que temos visto ao longo da Covid-19: que o coronavírus é extremamente contagioso e, portanto, difícil de evitar. A boa notícia é que a KP.2 não parece causar uma doença mais grave. De facto, as hospitalizações associadas à Covid-19 estão em níveis historicamente baixos. E não há razão para acreditar que as vacinas e tratamentos existentes deixariam de funcionar contra ela”, começa por dizer.

Sintomas de infeção da KP.2

Será possível identificar de imediato os sintomas de infeção com a nova variante? “A maioria das pessoas que contraem o coronavírus nunca saberá qual variante está causando seus sintomas. Os sintomas da infecção por Covid-19 incluem inflamação mucosa nasal, dor de garganta, dor de cabeça, febres, tosse e dores no corpo. Algumas pessoas podem apresentar sintomas mais graves, como falta de ar. A Covid-19 também pode agravar condições subjacentes, como insuficiência cardíaca. Nenhum desses sintomas é específico da KP.2, que até agora não foi relatada como associada a sintomas únicos que a distingam de outras infeções por coronavírus. É importante lembrar que, em muitos indivíduos, os sintomas da Covid-19 podem ser difíceis de diferenciar de outras infeções virais, como a gripe ou a constipação comum”, explica.

Vacinas existentes são eficazes?

Leana Wen garante que os testes caseiros continuam a ser confiáveis para rastrear a doença. E fala sobre a eficácia das vacinas já existentes. “As vacinas existentes ainda devem ter atividade contra a KP.2. Espera-se que os funcionários federais de saúde recomendem uma versão reformulada da vacina contra a Covid-19 no outono. As novas vacinas deverão ser diferentes das atuais, pois as vacinas mais recentes irão direcionar as variantes previstas para estarem em circulação no outono e inverno. Se os funcionários de saúde preverem que a KP.2 estará entre essas variantes, as vacinas de outono provavelmente serão ainda mais eficazes contra a KP.2”, refere.

Qual o tempo de isolamento em caso de contágio?

Por fim, em caso de doença, a médica recomenda um isolamento até que a pessoa fique, pelo menos, 24 horas sem febre. Nos cinco dias seguintes recomenda precauções como o uso de máscara. Leana Wen defende ainda que pessoas com alto risco de desenvolver doença grave por covid-19 devem pensar em tratamentos antivirais.

Fotos: Shutterstock

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Artigo de
Bruno Seruca

28-05-2024



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