Estudo controverso defende que a nicotina pode ter um efeito protetor contra o coronavírus

Estudo controverso defende que a nicotina pode ter um efeito protetor contra o coronavírus

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Estudo controverso defende que a nicotina pode ter um efeito protetor contra o coronavírus

Estudo polémico, realizado em França, defende que a nicotina pode ter um efeito protetor contra o coronavírus, mas nem todos estão de acordo.

Artigo de Bruno Seruca

23-04-2020

Ao longos dos últimos meses têm surgido as mais diversas notícias em relação ao coronavírus. Agora, um grupo de investigadores defende que a nicotina poderá ter um efeito protetor contra a infeção que provoca a doença covid-19. Esta é a opinião de cientistas que estão a realizar estudos em França, que envolvem adesivos de nicotina.

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Esta opinião tem por base o reduzido número de fumadores entre aqueles que estão hospitalizados devido à doença. De acordo com diversos estudos, a percentagem oscila entre os 1,4 e os 12,5%. Informação que está a ser avançada pela agência de notícias francesa AFP. O referido estudo francês contou com 350 doentes hospitalizados, mais 150 com sintomas leves, ainda que igualmente infetados. “Entre os pacientes havia apenas 0,5% de fumadores”, explica, em declarações à AFP, Zahir Amoura, o professor de medicina interna responsável pelo estudo. Acrescentando que há “80% menos fumadores em pacientes covid-19 do que na população em geral do mesmo sexo e idade”.

Estudo alvo de críticas

Mas nem todos parecem olhar de forma positiva para este trabalho. Como é o caso do pneumologista Filipe Froes, que comentou o estudo em declarações à agência Lusa. Referindo que até esta data “nenhum estudo demonstrou a eficácia do tabaco em qualquer infeção respiratória”. “Nesta fase de tentativa de conhecimento sobre a covid-19 há estudos que não seguem metodologias corretas e que tiram conclusões precipitadas. Assistimos nos últimos meses a estudos cujos resultados não se confirmaram”, defende. Dando o exemplo da eficácia da hidroxicloroquina, algo que não se confirmou.

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Por sua vez, Jean-Pierre Changeux, do Instituto Pasteru, refere, à AFP, que a nicotina, quando se liga ao recetor celular utilizado pelo coronavírus, impede ou retém a fixação do vírus. Ainda assim, os efeitos da nicotina estão por provar pois ainda não foram feitos quaisquer ensaios clínicos. Os investigadores irão administrar, assim que tiverem autorização, diferentes doses de nicotina em três testes que terão lugar no hospital La Pitié-Salpêtrière. Por fim, os médicos que prestaram declarações que os estudos não têm como objetivo promover o tabagismo junto das pessoas. Bem como o uso de adesivos de nicotina. Reforçando a ideia de que fumar é algo que danifica os pulmões.

Fotos: iStock by Getty Images

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Artigo de
Bruno Seruca

23-04-2020



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