Afinal, o que origina a doença de Parkinson? Este foi o tema debatido por Vanessa Hinson, professora de Neurologia e diretora do Programa de Distúrbios do Movimento na The Medical University of South Carolina, EUA, em conversa com South Carolina Public Radio. A especialista abordou o tema de uma forma simples, esclarecendo dúvidas que muitos possam ter. Ao mesmo tempo que dá a conhecer os riscos de desenvolver a doença.
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“A doença de Parkinson é causada quando um indivíduo que nasce com uma vulnerabilidade genética é exposto a uma substância prejudicial no ambiente, por exemplo, algo que é tóxico para o sistema nervoso e, finalmente, mata certas células cerebrais que resultam em sintomas de Parkinson”, começa por dizer. “Alguns desses produtos químicos prejudiciais estão ao nosso redor. Então, por exemplo, um deles é o tricloroetileno, ou também conhecido como TCE. Essa é uma substância tóxica encontrada em certos agentes de limpeza a seco e também em removedores de tinta”, prossegue.
Exposiação a toxina aumenta o risco de desenvolver a doença de Parkinson em 500%
A especialista faz mesmo um alerta sobre a exposição a esta toxina específica. “Se for exposto a essa toxina específica, essa exposição aumentará o risco de ter a doença de Parkinson em 500%. E outro exemplo é se consumir frutas e vegetais mal lavados ou não cultivados organicamente”, refere. “Pode ingerir apenas um bocado de um herbicida chamado paraquat”, diz, em alusão a uma substância muito usada nos EUA. E que pode aumentar o risco de desenvolver a doença em 75%.
Perante esta realidade, Vanessa Hinson foi questionada sobre o que pode ser feito para prevenir a doença. “Devemos pedir que toxinas conhecidas, aquelas sobre as quais acabamos de falar, por exemplo, paraquat e TCE, sejam banidas”, diz. Sendo que na União Europeia é proibido o uso de TCE. “Trinta e dois países ao redor do mundo baniram o paraquat e podemos fazer o mesmo. Também devemos pedir que os locais já contaminados sejam limpos para que as toxinas não continuem a chegar até nós através do solo e das águas subterrâneas”, diz.
Dieta e exercício físico
A especialista avança com mais dicas. “Provavelmente deveríamos enxaguar os produtos muito bem e considerar comprar alimentos orgânicos”, defende, “Há dieta e exercícios. Mas estudos realmente mostraram que seguir uma dieta saudável para o cérebro, como a dieta da mente ou a dieta mediterrânea, pode reduzir seu risco de Parkinson em 22%. Isso é só dieta. E então juntem exercícios a isso. Uma rotina rigorosa de exercícios é ainda mais impactante e pode reduzir o risco de doença de Parkinson em 76%”, termina.
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