Descoberta de novo coronavírus levanta questões sobre risco de nova pandemia

Acaba de ser descoberto um novo coronavírus que poderá espalhar-se para humanos. A descoberta, que tem eco no Daily Star, foi realizar por um grupo de investigadores com ligação à China. Cientistas do Brasil e da China detetaram uma variante em morcegos que tem grande ligação ao MERS (Síndrome Respiratória do Médio Oriente), vírus que mata perto de 35% das pessoas infetadas. A proteína spike do vírus, que desencadeia uma infeção, deixa no ar a hipótese de que poderá infetar células humanas.

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O passo seguinte é levar o vírus (e outros seis entretanto descobertos) para a China para que sejam realizados mais testes. Que vão permitir confirmar (ou não) a infeção de células humanas. De destacar que a MERS é uma doença respiratória contagiosa que tanto pode ser transmitida de animais para humanos como entre humanos. “Até o momento, não temos a certeza de que pode infetar humanos. Mas detetamos partes da proteína spike do vírus (que se liga a células de mamíferos) o que sugere potencial interação com o recetor usado pelo MERS-CoV”, explica a investigadora Bruna Silverio, da Universidade de São Paulo, no Brasil, em declarações citadas pelo Daily Star.

Cientistas chineses descobrem novo coronavírus

Numa fase inicial da investigação foram recolhidas 400 amostras orais e retais de 15 espécies de morcegos existentes no Brasil. Os vírus foram detetados numa espécie existente na América do Sul e no México. Os resultados mostram que os vírus eram geneticamente diferentes de quaisquer patógenos existentes. “Esta monitorização ajuda a identificar vírus circulantes. E riscos de transmissão para outros animais e até mesmo para humanos”, explica o virologista Ricardo Durães-Carvalho. Esta descoberta acontece três semanas depois de investigadores na China terem vindo a público revelar a descoberta de outro coronavírus que se pode espalhar para humanos. Trata-se da variante HKU5-CoV-2, que é bastante idêntica ao vírus que deixou o mundo em suspenso há sensivelmente cinco anos. O que faz com que se tema uma nova pandemia.