A importância da alimentação durante o processo de tratamento do cancro tem sido motivo de vários estudos. Além de ajudar a atenuar os sintomas (nomeadamente, aqueles que ocorrem por conta da quimioterapia), uma dieta equilibrada pode também ajudar a reduzir o risco de vir a sofrer de um determinado tipo de cancro. Um exemplo flagrante deste último caso é por exemplo uma dieta rica em fibras. Isto porque facilita a digestão e, assim, reduz o risco de vir a sofrer de alguns tipos de cancro, como intestinos ou cólon.
Além da importância do tipo de alimentos que tomamos, importa também definir a forma como os comemos. Para quem está a passar por um processo de quimioterapia, é importante comer de forma mais faseada, evitando assim que o estômago fique demasiado cheio.
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“Uma pessoa que está em quimioterapia ou num outro tipo de tratamento contra o cancro deve comer faseadamente a cada 3 horas. Ou seja, o ideal não é fazer grandes refeições, mas sim porções menores. Desta forma, o estômago fica menos repleto de alimentos, o que ajuda a evitar o enjoo e as náuseas comuns nessa fase”, explica Celso Massumoto, oncologista e autor do livro “Gastronomia hospitalar e TMO”.
Importante também é optar por alimentos de rápida digestão. E, naturalmente, evitar aqueles que dificultam este processo, principalmente as carnes vermelhas. Depois, não menos importante, é dar preferência a alimentos funcionais. Porque, além do seu valor nutricional, podem trazer outro tipo de benefícios.
Veja o vídeo:
Alimentos naturais e de rápida digestão
No último ponto, importa distinguir os alimentos que se acredita que reduzem o risco de vir a sofrer de um determinado tipo de cancro – como o exemplo acima referido das fibras – daqueles que atenuam os efeitos dos tratamentos para o cancro. A propósito dos primeiros, mais importante que escolher um determinado alimento para comer é evitar aqueles que podem potenciar o cancro. Nomeadamente, aqueles que são industrializados ou processados.
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“A verdade é que o nosso comportamento alimentar, de modo geral, é efetivamente responsável por grande parte dos casos de cancros desenvolvidos”, alerta o oncologista David Khayat, no seu mais recente livro “A verdadeira dieta anticancro”.
Entre os alimentos “anticancro”, segundo este especialista, estão frutas como a maçã, a melancia, a romã e o kiwi, legumes como o pimentão, temperos e ervas como a salsa, pimenta e a menta, e outros alimentos como o tofu, a semente de girassol e a quinoa.
Alimentos que ajudam a combater os efeitos dos tratamentos ao cancro
A propósito dos alimentos que amenizam os efeitos da quimioterapia. Importa salientar que este tipo de tratamentos provocam muitas vezes falta de apetite, náuseas ou diarreia. Importa, então, procurar alimentos que contrariem estes efeitos secundários. As bolachas, por exemplo, à semelhança de outros alimentos secos, ajudam a contrariar náuseas e vómitos. Vegetais tais como bróculos, espinafres e agrião ajudam a contrariar a obstipação. Além dos já referidos alimentos ricos em fibras, salienta-se a necessidade de procurar por alimentos mais moles. E isto porque este tipo de tratamentos, por norma, deixam a boca com feridas.
Antes de iniciar qualquer tipo de dieta, deve falar com o seu médico. Pedir-lhe informações sobre o tipo de alimentação que melhor se adequa ao seu caso em específico.
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