O consumo de café e, consequentemente a cafeína, é muitas vezes associada ao acelerar de coração e que, por isso, provoque arritmias. Um estudo publicado no boletim “Clinical Electrophysiology” veio provar o contrário. “Existe a perceção pública de que a cafeína desencadeia problemas do ritmo cardíaco, mas a nossa investigação sugere que não é assim”, disse o principal autor do estudo, Peter Kistler, diretor de eletrofisiologia no hospital Alfred e no Instituto Baker do Coração e Diabetes, em Melbourne, na Austrália.

A cafeína quando entra no corpo pode bloquear os efeitos da adenosina, uma substância que favorece o tipo de arritmia mais comum, a fibrilação arterial.

Cafeína ajuda a reduzir frequência das arritmias

Os responsáveis pela investigação chegaram a esta conclusão baseando-se em estudos anteriores que analisaram milhares de pessoas. Reunida essa informação, compreenderam que o aumento do consumo da cafeína diminui entre 6% e 13% a frequência das arritmias.

Ainda assim, a tese de que o café provoca arritmias não é totalmente falso. Os investigadores concluíram que um consumo na ordem de nove ou dez chávenas de café por dia (mais 500 miligramas de cafeína) aumenta o risco de vir a sofrer uma arritmia ventricular.

Para evitar este tipo de problemas, o segredo passa por consumir café de forma moderada. “Em vários estudos, pessoas que consomem regularmente café de forma moderada têm um risco mais baixo de ter problemas no ritmo cardíaco”, afirmou Peter Kistler.

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