A NASA continua a acompanhar atentamente as movimentações do 2024 YR4, o asteroide que está em rota de colisão com a Terra, estando o impacto previsto para dezembro de 2032. Nos dados mais recentes, a agência espacial dá conta de que existe agora uma probabilidade de 3,1% de colisão com o nosso planeta. E se acha que a percentagem é baixa, fique a saber que já mais do que duplicou desde que o asteroide foi descoberto. Sendo este valor a ameaça mais alta alguma vez verificada na previsão moderna.
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Ainda assim, os especialistas dizem que, para já, não existe necessidade de alarme. “Não estou em pânico”, diz Bruce Betts, um dos principais cientistas da Planetary Society, uma organização sem fins lucrativos, em declarçaões à AFP. “Naturalmente, quando se vê as percentagens aumentarem, isso não faz com que me sinta bem, feliz e animado”, acrescenta. Defendendo que é possível que a probabilidade ainda aumente mais à medida que são descobertos novos dados. Sendo depois expectável que caia para zero.
“É, no máximo, perigoso para uma cidade”
Com base no brilho, os astrónomos acreditam que o 2024 YR4, já descrito como destruidor de cidades, terá entre 40 a 90 metros de largura. Ao que tudo indica, tem também uma composição bastante normal. As informações mais recentes da NASA continuam a estimar o eventual impacto com a Terra para 22 de dezembro de 2032. É necessário recuar a 2004 para encontrar uma ameaça “elevada”. Na atura, o asteroide Apophis tinha uma probabilidade de 2,7% de atingir a Terra em 2029. Ameaça que viria a ser descartada.
Por sua vez, Richard Moissl, da Agência Espacial Europeia, revela à AFP o que poderá acontecer em caso de impacto. “Não é uma crise neste momento. Não é um assassino de dinossauros. Não é um assassino do planeta. É, no máximo, perigoso para uma cidade”, termina.
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