O facto de o coronavírus ter sido transmitido ao ser humano por um animal – suspeita-se que um morcego – fez com que se reacendesse o tema sobre as doenças que os nossos animais de estimação nos podem transmitir. Receou-se, no início da pandemia, que os animais de companhia podiam transmitir este novo vírus. Algo que foi depois desmentido (ainda assim, importa ter alguns cuidados com o nosso cão depois de irmos passear com ele à rua, saiba mais aqui). E ao contrário? Nós podemos transmitir doenças aos nossos animais? Sim, podemos.

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O novo coronavírus é um exemplo de uma zoonose, uma doença que é transmitida de  um animal para o humano. Os exemplos são vários, desde logo o VIH, que foi primeiramente transmitido por chimpanzés para o homem. Quando acontece o contrário, isto é, ser o homem a transmitir ao animal, dá-se o nome de zoonose reversa.

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A revista Galileu publicou um artigo em que explora este tema das zoonoses reversas. Lá, identifica aqueles que são os principais problemas de saúde que os humanos podem transmitir aos seus animais de estimação. São três, sendo que um deles é a gripe.

Veja o vídeo:

3 doenças que os seres humanos podem transmitir aos animais de estimação:

Gripe. A descoberta de que o humano pode transmitir o vírus da gripe aos animais de estimação ocorreu em 2009, em plena pandemia do H1N1. Foi neste ano que ficou registada a primeira ocorrência letal de transmissão de gripe de humano para gato. O animal sofreu de pneumonia decorrente da infecção viral e desde aí ficou evidente que gatos e cães podem contrair a doença, com sintomas parecidos aos dos humanos.

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Papeira. A doença pode ser transmitida para cães, que têm sintomas iguais aos humanos. No entanto, ao contrário dos humanos, estes não podem ser vacinados. Os sintomas são febre, dor de cabeça e o inchaço das glândulas salivares no pescoço, aquele que é mais característico desta doença.

Micose. Este é um caso particular, já que pode ser transmitido do homem para o animal, mas também do animal para o homem. A micose é uma infeção fúngica que causa comichão intensa e manchas avermelhadas na pele e no couro cabeludo do humano. Já nos animais, pode provocar a perda de pelo. O contágio é feito pelo contacto direto ou partilha de objetos.

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