Joana Marques e Daniel Leitão, um duelo entre FC Porto e Benfica na Seleção

Joana Marques e Daniel Leitão, um duelo entre FC Porto e Benfica na Seleção

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Joana Marques e Daniel Leitão, um duelo entre FC Porto e Benfica na Seleção

Estivemos à conversa com os dois humoristas sobre a participação de Portugal no mundial e as divergências, com muito humor à mistura, fizeram-se sentir.

Artigo de Hugo Mesquita

13-06-2018

Uma das muitas belezas do futebol de seleções é o facto de, aqueles que durante grande parte do ano são nossos adversários, passam a partilhar connosco as alegrias e angústias de torcer pelo mesmo país. Vivendo nós numa altura crítica do futebol nacional, em que as guerras entre clubes vão sendo cada vez maiores, esta missão de Portugal na Rússia tem um papel ainda mais fundamental.

Ainda assim, os clubismos acabam, de forma algo tímida, por invadir o coração dos adeptos quando o assunto é a Seleção Nacional. Isto é mais visível na hora de escolher os convocados para a grande competição, ou mesmo o onze titular. Um benfiquista, à partida, gostaria de ver Pizzi convocado, um portista gostaria que José Sá fosse o terceiro guarda-redes da seleção e um sportinguista gostaria de ter um onze completo de jogadores criados em Alcochete.

Levar estes assuntos a um extremo é que não pode ser uma opção. Os escolhidos deverão ser sempre aqueles que foram escolhidos pelo selecionador nacional. Levando num tom mais de brincadeira, de troça (positiva) entre amigos, aí sim, é bem mais positivo.

Temos o exemplo de Pedro Fernandes, recentemente entrevistado pelo paraeles, a quem lançámos o exercício de fazer um onze para este mundial. O humorista, um confesso adepto sportinguista, não foi de modos e fez uma equipa com vários jogadores do Sporting. António Raminhos, benfiquista fervoroso e colega de Pedro Fernandes nas manhãs da RFM, certamente não concordará com o amigo.

Mais engraçado ainda é quando esta divergências clubistas invadem a casa e se fazem sentir junto de um casal. Que melhor exemplo que o dos humoristas Joana Marques (adepta do Porto) e Daniel Leitão (adepto do Benfica)? Estivemos à conversa com os dois sobre a participação de Portugal no mundial, e as divergências, com muito humor à mistura, fizeram-se sentir.

“Eliseu? Em vez de irmos de avião, podíamos ter ido de mota”

Perguntámos aos dois que jogador, que não foi convocado por Fernando Santos, gostavam que tivesse ido ao mundial. Os clubes que apoiam ficaram aqui evidentes. Joana pediu Rúben Neves e Daniel gostava de ver na equipa o lateral direito Nélson Semedo.

Começaram logo aqui as “picardias”. “Então e o André Almeida? (risos) espera, espera, estou a gozar”, atirou Joana Marques. “Estás a gozar? Não sei porquê.”, retorquiu Daniel. “Sentes saudades do Eliseu, não é?”, questionou Joana. “Sinto. porque em vez de irmos de avião, podíamos ter ido de mota”, rematou o benfiquista.

O pior veio depois. Desafiámos os dois a fazer um onze conjunto. Na baliza, foram consensuais e optaram por Rui Patrício. Foi depois a vez de Joana Marques escolher o lateral direito, o que para uma portista não foi difícil.

“Ricardo Pereira”, avançou com convicção. “Quem? O ator que está no Brasil?” questionou, em tom jocoso o humorista, ao que a companheira respondeu: “o campeão nacional”, deixando Daniel sem resposta.

“É o único que não fala português, há aqui um fator de inclusão que não devemos ignorar”

A escolha continuou. “Escolher os centrais é complicado. É difícil escolher dois que juntos não façam mais de 80 anos”, atirou Daniel Leitão. Se Pepe foi consensual, o homem para acompanhar o luso-brasileiro gerou discórdia.

“Rúben Dias? Claro que não”, disse quase indignada Joana Marques. “Porquê? Bruno Alves queres ver?”perguntou o humorista. “Com Rúben Dias acabamos o jogo sempre com 10”, argumentou a portista. “Quer dizer, se for o Rúben Dias é caceteiro, já se for o Bruno Alves é um jogador à Porto”, lamentou. Ainda pensaram jogar com os dois, mas para Daniel Leitão essa não seria uma boa opção, já que podiam “acabar o jogo com 6 jogadores”.

Para lateral esquerdo, a escolha recaiu em Raphäel Guerreiro. “ É o único que não fala português, por isso há aqui um fator de inclusão social que não devemos ignorar”, disse em tom de brincadeira Daniel Leitão.

No meio campo, a discussão abrandou. “William não pode ser, precisamos de alguém que corra”, esclareceu logo à partida o humorista. Moutinho, Bernardo e Adrien foram os escolhidos. Para a frente, Ronaldo tem lugar cativo. O companheiro do CR7 é Quaresma, um pedido de Joana Marques, a que Daniel anuiu. “Se queres um jogador que corre tanto como eu… Tu é que sabes”, concluiu.

Foto: Marco Fonseca

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Artigo de
Hugo Mesquita

13-06-2018



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