Cuca Roseta, a fadista que é cinturão negro e fã de Bruce Lee

Aos 37 anos, Cuca Roseta é uma das grandes vozes da nova geração do fado. Reconhecida como uma das grandes vozes da música portuguesa, a artista percorre o mundo com espetáculos que conseguem emocionar qualquer pessoa, mesmo aquelas que não percebem português e vibram com o sentimento transmitido pela fadista.

Sendo um dos símbolos da nova geração de fadistas, Cuca Roseta não aparece sempre em público com o xaile preto nem com um ar triste e pesado, imagens normalmente associadas ao fado. Aliás, a artista é também reconhecida pela elegância e beleza. A excelente forma física da artista também não passa despercebida aos fãs da fadista.

Cuca Roseta tem partilhado diversas imagens nas redes sociais em que aparece com biquínis. O que faz com que ninguém fique indiferente à excelente forma física da cantora que é mãe de dois filhos. Muitos são os gostos e elogios que a fadista tem recebido dos fãs que não resistem em deixar a sua opinião nas fotos que estão a aquecer o Instagram.

As semelhanças entre o fado e o taekwondo

Além do talento que lhe é reconhecido, Cuca Roseta é também uma defensora da máxima “corpo são em mente sã”. É também nas redes sociais que a fadista partilha outros momentos da sua vida, como é o caso das aulas de ioga. Sendo que a artista também não esconde que tem cuidados com a alimentação de forma a manter o corpo tonificado. A paixão mais antiga da fadista é o mesmo o taekwondo, sendo cinturão negro nesta arte marcial.

Amante desde sempre das artes marciais (praticou na infância judo e karaté), Cuca Roseta tem uma longa ligação ao taekwondo. Pode parecer estranho, mas Cuca Roseta garante que o taekwondo e o fado apresentam semelhanças, porque na hora de memorizar uma música ou uma sequência de movimentos o processo mental é semelhante, disse há uns anos numa entrevista ao jornal O Jogo.

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“Por exemplo, para interiorizarmos o pumnses, a luta imaginária, é necessário muita persistência, assim como acontece com uma canção. Com a repetição acabamos por ver os nossos defeitos, enquanto na música acabamos por compreender cada palavra do poema. Temos de treinar muito para memorizarmos o pumnses; temos de cantar 10, 20, 50 vezes para interiorizar a verdade do fado”, disse à publicação.

Outra semelhança que Cuca Roseta encontra entre o fado e o taekwondo é o medo que sente antes de entrar no palco e no dojang para um combate, embora a fadista admita que controla melhor esse medo em cima do estrado. “Sinto-me mais descontrolada numa luta, num combate é mais complicado controlar a raiva quando levamos um chute ou um soco. É lógico que [quando canto] fico com receio com alguns públicos, mas consigo controlar os meus nervos no palco. Eles desaparecem quando assumo o meu papel de fadista.”

Amália Rodrigues e Bruce Lee lado a lado

Nascida e criada numa família sem qualquer ligação ao fado, poucos esperavam que Cuca Roseta acabasse por se transformar numa das grandes fadistas portuguesas. Tudo mudou quando, aos 18 anos, foi a uma casa de fados. Foi já licenciada em Psicologia que participou num concurso de fados, que decorreu no Porto. “É isto que quero fazer”, pensou na altura, como relata na sua biografia.

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Os tempos foram passando, Cuca Roseta foi marcando presença em espaços dedicados ao fado até que edita o primeiro disco. Estavam abertas as portas para um sucesso e crescimento que nunca mais pararam. “Nasci para isto”, garante. Sobre os ídolos, esses são Amália Rodrigues e Bruce Lee. Faz sentido, dizemos nós.