Sharam Diniz: “Somos todos mais do que um simples corpo”

Enquanto modelo já desfilou para a Victoria’s Secret, o que significa dizer que alcançou o ponto mais alto da carreira de manequim. Agora, além da moda, Sharam Diniz aposta na carreira de atriz, sonhando com o momento em que chegará a Hollywood. Atualmente, faz parte do elenco da novela “Alma e Coração”, em que dá corpo a Naomi Andrade, uma jovem que vive na Cova da Moura. Diz ainda não saber se a sua beleza e fama atraem ou assustam os homens, que têm de ser divertidos, confiantes, ambiciosos e honestos para atrair a sua atenção.

Desfilar para a Victoria’s Secret é o ponto mais alto da carreira de uma manequim?
Acredito que sim. Existem inúmeras marcas de prestigio no que toca ao mundo ‘high fashion’ ou comercial. E a marca Victoria’s Secret abre portas para ambos.

Tem um sabor especial ter sido a primeira a representar Angola/Portugal?
Com certeza, é das minhas maiores conquistas.

Que conselhos dá às jovens que sonham chegar a esse patamar?
Trabalhar arduamente, sem colocar a sua saúde em risco. Ouvir os respetivos agentes e serem autênticas, uma vez que a comparação é inevitável.

“Somos todos mais do que um simples corpo, a nossa cabeça e personalidade são fundamentais para vingarmos nesta área”

Que outros trabalhos recorda com mais saudade e encanto?
A campanha para Chanel, com Patrick Demarchelier, ou ainda o desfile para Carolina Herrera.

As pessoas ainda olham para as manequins apenas como um corpo?
Na sua maioria sim e não as recrimino uma vez que é evidente ser a nossa maior ferramenta de trabalho. Cabe a nós mostrarmos e fazermos diferente. Somos todos mais do que um simples corpo, a nossa cabeça e personalidade são fundamentais para vingarmos nesta área.

Como está a correr a experiência na telenovela “Alma e Coração”, da SIC?
Corre melhor do que esperava. Estou a adorar a experiência.

Ainda há muito de manequim na atriz, ou foi fácil separar as coisas?
Esse tem sido o maior dos desafios, desconstruir a manequim e encarar a atriz a tempo inteiro. Com a ajuda da equipa e tudo o que a mesma nos oferece, desde a liberdade de expressão, correr riscos, coachings, acho que chegarei lá. O importante é não tentar acabar a maratona de uma vez, mas ir-me preparando etapa a etapa.

“Esse tem sido o maior dos desafios, desconstruir a manequim e encarar a atriz a tempo inteiro”

A representação é o futuro? É nesta área que pretende apostar?
Para já sim, mas existem coisas relacionadas à televisão que também gostava de fazer. Uma coisa de cada vez, pois também requer algum tempo para as poder concretizar em simultâneo.

Chegar a Hollywood é o sonho que a alimenta?
Sem dúvida, mas ainda que não venha a acontecer, uma vez que cada um tem o seu próprio percurso, fico feliz em poder trabalhar na área e enfrentar os desafios que surgirem, sempre com profissionalismo e gratidão.

É possível fazer muitos amigos na moda (e também na ficção), ou a competitividade torna essa situação complicada?
Depende do ponto de vista. Tudo é possível, mas é necessário existir maturidade e confiança. Competição existe sim, cabe a cada um de nós tentarmos ser melhor do que nós próprios ano após ano, ou de um trabalho para o outro, e nunca achar que somos insubstituíveis, porque não somos.

“Tenho as minhas próprias opiniões e custa-me dar o braço a torcer, em determinadas situações”

Ainda tem muitos sonhos por realizar?
A cada ano aumenta. E ainda bem.

Olhando para trás, mudava algo na carreira?
Possivelmente uma maior disciplina e ser melhor ouvinte. Tenho as minhas próprias opiniões e custa-me dar o braço a torcer, em determinadas situações (risos).

É uma das grandes manequins da atualidade, é muito bonita e também famosa. Isto assusta ou atrai os homens?
Eu própria não sei a resposta (risos). Os homens, tal como as mulheres, são diferentes, uns assustam-se e outros sentem-se atraídos, depende muito.

O que um homem precisa de fazer para conquistar a sua atenção?
Ser divertido, confiante, ambicioso e honesto. São as características para um bom ponto de partida.

Como imagina o seu futuro daqui a cinco anos?
Imagino-me feliz, independentemente de tudo.