Portugueses em destaque no Wings for Life World Run

Portugueses em destaque no Wings for Life World Run

Desporto

Portugueses em destaque no Wings for Life World Run

Iniciativa juntou mais de 120 mil corredores em diversas latitudes e angariou mais de 3,5 milhões de euros para a investigação da cura das lesões na medula espinal.

Artigo de Hugo Mesquita

07-05-2019

Foram mais de 120 mil, em diversas latitudes, a correr por aqueles que não podem. Foi a sexta edição da Wings for Life World Run, que decorreu este domingo, 5 de maio. Um sucesso que voltou a ter o nome de Portugal em grande destaque. Vera Nunes venceu a corrida australiana e Luís Pereira cortou a meta em segundo na África do Sul. Ao todo foram angariados mais de 3,5 milhões de euros para apoiar a investigação da cura das lesões na medula espinal.

Em Portugal correu-se precisamente às 12 horas em três localizações – Lisboa, Gaia e Lousada. O entusiasmo de correr por aqueles que não podem contagiou mais de 120 mil participantes de 186 nacionalidades nas mais diversas latitudes, da Austrália à Colombia, passando pela África do Sul ou pelo Cazaquistão. Alguns fizeram-no em grandes corridas organizadas, como foi o caso do Rio de Janeiro, no Brasil. Outros usaram simplesmente a tecnologia para se juntar a esta corrente global, através da APP Wings for Life World Run.

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A disputa dos lugares cimeiros revelou-se particularmente intensa, com a russa Nina Zarina (que correu na Suíça) a bater a polaca Dominika Stelmach (a correr no Brasil) por uns escassos 160 metros. Em masculinos, o russo Ivan Motorin (que correu na Turquia) levou o título global depois de percorrer 64,37 quilómetros. Refira-se que as distâncias alcançadas não podem ser comparadas com as apuradas nas edições anteriores. Isto porque o ritmo de progressão do Carro Meta foi aumentado.

Veja o vídeo:

Atletas portugueses em destaque

Vera Nunes, atleta do Benfica, a vencer a corrida em Melbourne, na Austrália (7º classificada da geral). A atleta portuguesa defendia o título global da Wings for Life World Run mas correu com limitações. “O resultado acabou por me surpreender, pois estou a recuperar de uma lesão e sabia que não estava em condições de lutar pelo título. O frio que se fazia sentir acabou por ser um fator positivo face a um percurso difícil e muito pouco plano. Senti-me bem e corri muitos mais quilómetros do que esperava (47,78Km)”, explicou a atleta no final.

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O outro português em destaque, Luís Pereira, foi o segundo a cortar a meta na corrida da África do Sul. O atleta viveu em Pretória uma das provas mais quentes deste dia, com uma temperatura ambiente de 33 Cº e alcançou a distância de 51,9 quilómetros.

O que é o Wings for Life World Run?

A Wings for Life World Run marca a diferença por não ter uma meta fixa, em vez disso os participantes são perseguidos por um Carro Meta que começa a andar 30 minutos depois da saída do pelotão, aumentado progressivamente a velocidade até apanhar o último corredor.

O contributo dos participantes de todo o mundo resultou na recolha de 3,5 milhões de euros para a investigação da cura das lesões na medula espinal. A Fundação Wings for Life começa já a apresentar os primeiros resultados, como se pôde verificar em Zug (Suíça) quando David Mzee, que esteve paralisado durante anos devido a uma lesão na medula espinal, caminhou na partida perante uma larga multidão.

A sétima edição da Wings for Life World Run está já agendada para o dia 3 de maio de 2020.

Percorra a galeria e veja algumas imagens da Wings for Life World Run.

Fotos: Red Bull Content Pool

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Artigo de
Hugo Mesquita

07-05-2019



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