Futebol e política podem andar de mãos dadas. E é de Israel que chega um bom exemplo desta parceria. Numa decisão que muitos consideram polémica, Donald Trump decidiu reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Decisão que provocou uma autêntica onda de euforia no Beitar Jerusalém. Tanto que o clube até quer mudar de nome em homenagem ao presidente norte-americano.
“O presidente e dono do clube, Eli Tabib, e o administrador-executivo, Eli Ohana, decidiram homenagear o presidente dos EUA, que fez história e demonstrou o seu amor pelo nosso povo”, pode ler-se num comunicado emitido pelo clube. Só falta a aprovação da Federação Israelita para que o clube passe a chamar-se Beitar Trump Jerusalém.
Este desejo não se afigura fácil de concretizar porque Donald Trump é uma marca registada em Israel desde 2008. Esta alteração poderá levar o clube a ser processado caso não exista autorização do próprio Donald Trump.
Português ajuda Huesca a fazer história
Já em Espanha existe um modesto clube que não precisa de nomes de políticos para fazer história. O Huesca, um pequeno clube da comunidade de Aragão, conseguiu o feito histórico de chegar à principal liga espanhola pela primeira vez na história. Este feito histórico tem mão, neste caso pés, de um português.
Jair Amador é um defesa-central português que só assinou o primeiro contrato profissional com 26 anos. Agora, aos 28, chega ao principal campeonato espanhol depois de ter ajudado o Huesca a alcançar a inédita promoção. Pode mesmo dizer-se que Jair Amador, que também tem nacionalidade cabo-verdiana, foi uma das estrelas da equipa.
O jogador participou nos 40 jogos que o Huesca disputou na segunda divisão espanhola. O feito ganha maior destaque quando se percebe que Jair disputou os 90 minutos dos 40 jogos. Um feito notável para qualquer jogador.
Chá com cocaína afasta Paolo Guerrero do Mundial
Jair Amador precisa é de ter cuidado com aquilo que bebe. Para que não seja o protagonista de um desleixo igual aquele que tira o peruano Paolo Guerrero do Mundial da Rússia. O jogador refere que bebeu, alegadamente sem o saber, um chá que continha cocaína. Acabou por ser apanhado nas malhas do doping e cumpriu castigo até este mês.
Só que a Agência Mundial de Anti-Dopagem apresentou recurso ao Tribunal Arbitral do Desporto, que prolongou o castigo do peruano. Algo que faz com que o capitão da seleção não possa defender o seu país no Mundial que irá acontecer na Rússia. Desde as seleções adversárias do Peru até Maradona, todos têm apelado ao perdão de modo a que o jogador possa disputar a competição.
A FIFA, que já recebeu Paolo Guerrero, diz compreender a frustração do jogador mas já fez saber que não tem poder para anular a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto.
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