Toni Kroos. O “papa-Champions” é o maior arrependimento do Bayern

Toni Kroos. O “papa-Champions” é o maior arrependimento do Bayern

Desporto

Toni Kroos. O “papa-Champions” é o maior arrependimento do Bayern

Médio alemão do Real Madrid ganhou três das últimas cinco edições da competição e tem sido talismã nos confrontos com o ex-clube.

Artigo de André Cruz Martins

01-05-2018

O Real Madrid recebe esta terça-feira o Bayern Munique em jogo da segunda mão das meias finais da Liga dos Campeões. E se nada de anormal suceder, contará mais uma vez com o médio alemão Toni Kroos no onze inicial, partindo em vantagem no acesso à final de Kiev, depois do triunfo alcançado por 2-1 em Munique.

Obviamente que quando falamos no Real Madrid, quase todos os holofotes estão apontados para Cristiano Ronaldo, mas esta terça-feira muitos olhares estarão igualmente virados para o médio germânico de 28 anos, que representou o Bayern durante oito temporadas, antes de se mudar para o Real Madrid, onde está prestes a concluir a quarta época.

A poucos dias do jogo da primeira mão, em que foi titular, cumprindo os 90 minutos, Kroos admitiu que não fica indiferente ao reencontro com o ex-clube. “Claro que é especial quando defrontamos uma equipa que se representou durante muito tempo. Vou ver muitos jogadores com quem joguei, ou com quem ainda jogo na selecção nacional”, referiu, justificando a mudança para o Real Madrid da seguinte forma: “Era a altura certa para tentar algo novo.

Kroos e os elogios a Jupp Heynckes

E não há maior desafio do que rumar a um país estrangeiro quando ainda somos jovens, ainda por cima para um dos maiores clubes do mundo. Felizmente, tudo correu bem desde o primeiro dia e já ganhei vários troféus, que são sempre o reconhecimento do bom trabalho individual e coletivo realizado”.

Toni Kroos é um autêntico “papa-Liga dos Campeões”, pois ganhou três dos últimos cinco troféus. Os dois derradeiros ao serviço do Real Madrid, nas duas últimas temporadas, e outro pelo Bayern Munique, em 2012/13, este curiosamente sob orientação de Jupp Heynckes, que no decorrer desta época regressou ao comando técnico dos bávaros. “Heynckes teve um papel determinante, pois ajudou-nos a tirar as conclusões certas sobre o que tinha corrido mal em 2012, quando estivemos muito perto de ganhar a Champions. Só foi pena eu não ter podido jogar a final, pois estava lesionado”, sublinhou.

E a verdade é que Toni Kroos tem sido um verdadeiro talismã para o Real Madrid nos encontros com o Bayern: esteve em bom plano na primeira mão desta eliminatória, tal como aconteceu na época passada, nos jogos dos quartos de final, em que os “merengues” conseguiram a qualificação no prolongamento, embora o internacional germânico até tenha sido expulso aos 114 minutos.

Com Kroos no plantel o Bayern teria mais títulos, diz Sammer

Entretanto, Matthias Sammer, diretor desportivo do Bayern quando Kroos saiu do clube rumo ao Real Madrid por 30 milhões de euros, no verão de 2014, admitiu que esse negócio foi um erro. “Será que há alguém que pode dizer que acertou em todas as decisões que tomou na vida? Possivelmente o Bayern Munique teria ganho mais vezes a Liga dos Campeões se o tivesse no plantel, ou pelo menos teria chegado à final. Hoje em dia posso confessar que foi um erro deixá-lo sair, embora para o seu desenvolvimento a mudança tenha sido a decisão mais acertada”, confessou recentemente.

Toni Kroos pode não ser um jogador muito vistoso, mas poucos duvidam da sua utilidade no Real Madrid, onde tem apresentado um alto rendimento, com 185 jogos realizados em quatro épocas e 11 golos marcados. Fora do campo, também tem assumido um papel discreto, com uma exceção: no primeiro dia de 2017 desejou um bom ano novo nas redes sociais de forma original, ao substituir o número um pela bandeira do Brasil e o número sete pela bandeira da Alemanha, numa alusão à vitória da seleção alemã, por 7-1, sobre a seleção brasileira nas meias-finais do Mundial 2014.

A mensagem gerou inúmeros comentários negativos de adeptos brasileiros e muitos lembraram-no que era companheiro de equipa dos brasileiros Marcelo, Danilo e Casemiro. Mas quem pensava que o jogador iria pedir desculpas enganou-se, pois horas depois escreveu: “Demasiada atenção para uma pequena piada. Desejo a todos um seguro e feliz novo ano”.

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Artigo de
André Cruz Martins

01-05-2018



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