Ao longo dos 31 anos de vida, Telma Monteiro habituou os portugueses a chegar a Lisboa de medalha ao peito. Um hábito que não quebrou, mesmo tendo estado 11 meses sem competir. Na última vez que tinha pisado o tatami conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Agora conquistou o ouro no European Open de Minsk.
“Foi uma competição importante para ganhar ritmo, perceber como estava e senti-me bem. Nem pareceu que tinha estado de fora 11 meses. Tinha curiosidade para perceber como ia estar tanto física como psicologicamente. Isto está-me no sangue, faz parte de mim competir e é bom estar de volta. Quando existe trabalho e alegria, as coisas aparecem naturalmente. Foi um bom teste para continuar a trabalhar”, disse à chegada a Portugal.
“Isto está-me no sangue, faz parte de mim competir e é bom estar de volta”, diz Telma Monteiro.
A judoca revelou-se feliz pelo desenrolar da competição. Sobretudo pelo tempo sem competição. “Correu melhor do que eu esperava. Nunca tinha estado tanto tempo sem treinar e nunca tinha tido uma preparação tão frágil. Mentalmente sou muito forte, costumo dar a volta por cima, mas fisicamente estive melhor do que eram as minhas expectativas”, explica. Mas Telma Monteiro quer mais.
A judoca já está a pensar no Mundial que se irá disputar em Budapeste, na Hungria, de 28 de agosto a 3 de setembro. “Quero estar bem no Mundial. Vou ter estágio de preparação, depois o Mundial e ainda alguns Grand Prix e Grand Slams no final da época”, conclui, na esperança de levar todos os adversários ao tapete, de modo a acrescentar mais uma medalha ao palmarés.
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