Saiba tudo sobre a Superliga Europeia, a prova que irrita a UEFA e faz tremer a Champions

Depois de largos meses de especulação, eis que são conhecidos os clubes que se uniram para fundar a Superliga Europeia. Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham são os 12 clubes fundadores da nova e polémica prova do futebol europeu. A estas juntam-se, por convite, mais três. Existindo ainda espaço para mais cinco, perfazendo um total de 20 equipas.

Leia ainda: Só há uma equipa pior que o Tottenham a segurar resultados na liga inglesa

Antes de avançarmos para a polémica, revelamos o formato da prova que deverá arrancar em agosto de 2021. Existem dois grupos de 10 equipas, com jogos fora e casa, num formato todos contra todos. Os três primeiros classificados de cada grupo estão apurados para a fase final. Os quartos e quintos de cada grupo disputam um play-off de dois jogos para apurar mais finalistas.

Formato da competição

Os 15 clubes permanentes têm sempre lugar assegurado na competição. As restantes cinco vagas estão ao alcance das equipas com melhor desempenho na época anterior. Ainda assim, não foi explicado como se processa esta admissão. Ficando assim por descobrir se alguma equipa portuguesa terá possibilidade, caso assim o deseje, de estar presente no formato. Os jogos acontecem a meio da semana, de modo a não interferir com o calendário doméstico dos clubes.

Prémios milionários

Ao estilo da Liga dos Campeões, também a Superliga Europeia envolve muitos milhões. Os clubes fundadores irão receber imediatamente 3,5 mil milhões de euros. Este valor só poderá ser aplicado em investimentos em infraestruturas, de modo a compensar o impacto negativo da covid-19. Trata-se de um valor claramente superior aquele que é dado pela prova máxima de clubes da UEFA.

Bayern Munique e Paris Saint-Germain de fora

Nem todos os clubes estão agradados com esta nova prova. É o caso dos alemães do Bayern Munique e também dos franceses do Paris Saint-Germain, que, apesar do convite, recusaram estar na nova competição. A Federação alemã de futebol entende que os clubes germânicos devem ficar à margem da Superliga Europeia. Também Emmanuel Macron, presidente francês, ficou agradado pela ausência de clubes franceses. Realçando que se trata de um “projeto ameaçador da solidariedade e do mérito desportivo”.

UEFA ameaça banir clubes que participem na Superliga Europeia

Descontente com esta nova competição, a UEFA ameaça banir das suas competições os clubes que participem na Superliga Europeia. “Iremos considerar todas as medidas ao nosso alcance, a todos os níveis, tanto judiciais como desportivas no sentido de evitar que tal venha a acontecer (…) Como foi dito anteriormente pela FIFA e seis Federações, os clubes em causa serão banidos de qualquer outra competição doméstica, europeia ou mundial, e os seus jogadores poderão ser impedidos de representar as respetivas seleções. Agradecemos aos clubes de outros países, nomeadamente franceses e alemães, que recusaram participar nisto. Apelamos a todos os amantes de futebol, adeptos e políticos que se juntem a nós e lutem contra este projeto”, pode ler-se num comunicado.