Nem todas as pessoas acreditam em bruxas. Mas existe um conjunto de circunstâncias que levam a que muitos coloquem em causa aquilo em que não querem acreditar. E para os lados de Alvalade, alguns adeptos do Sporting acreditam mesmo que existe uma maldição em torno da camisola 7 dos leões. Apesar de ser um dos números mais emblemáticos do futebol mundial, usado por craques como Cristiano Ronaldo, Luís Figo, Cantona, Beckham e Raúl, esta camisola é uma dor de cabeça para quem a veste no Sporting.
Luís Figo, em 1994/95, foi o último camisola 7 dos leões que não teve problemas
É preciso recuar até 1994/95 para encontrar o último camisola 7 de excelência dos leões, sem qualquer problema. Falamos de Luís Figo, um dos maiores símbolos do clube. Seguiu-se Sá Pinto, que durante os tempos de camisola 7 agrediu o selecionador nacional Artur Jorge, tendo sido castigado durante vários meses. No regresso, teve uma lesão grave que fez com que trocasse o 7 pelo 10, com que acabou a carreira. Depois, foi a vez de Iordanov, outro símbolo dos leões. Que com a camisola 7 nas costas viu ser-lhe diagnosticada esclerose múltipla, doença que levou o jogador a acabar a carreira mais cedo do que o previsto.
Lembra-se de Jorge Jesus no Amora?
Leandro ficou conhecido pela vida boémia
Seguiu-se Leandro, que além da mítica camisola, ficou mais conhecido pela vida boémia em Lisboa do que por aquilo que fazia em campo. Delfim também usou o 7 no Sporting e para a história ficam as lesões que impediram o jogador de revelar o seu real valor. Tal como Delfim, também o romeno Niculae teve de lidar com um mar de lesões. Chegamos a Izmailov. O russo até teve um bom início nos leões e talvez seja o último camisola 7 num registo aceitável. Mas, tal como Sá Pinto, as lesões fizeram com que acabasse por escolher o 10 na última época ao serviço dos leões.
Shikabala foi um dos piores de sempre
Bojinov, Jeffren, Shikabala e Joel Campbell foram os senhores que se seguiram com a mítica camisola 7. E nenhum deixou saudades ao clube. Por exemplo, Shikabala participou em apenas um jogo e fica para a história como um dos jogadores mais problemáticos que passaram por Alvalade.
Em janeiro deste ano, quando a época ia a meio, Rúben Ribeiro trocou o Rio Ave pelo Sporting, tendo escolhido a camisola 7. Depois de meio campeonato num excelente nível, ficou-se por 18 jogos pelo Sporting. A isto junta-se o ataque à Academia de Alcochete, que levou o médio a avançar pela rescisão, alegando justa causa, com os leões. Rúben Ribeiro foi um dos nove jogadores que tomou esta decisão e de momento é o único que ainda não tem clube para jogar.
Matheus Pereira teve problemas disciplinares
Este início de época do Sporting foi marcado por alguma turbulência devido às rescisões e problemas a nível diretivo. E numa altura complicada, muitos olhavam para o regresso de Matheus Pereira como uma das boas notícias do defeso. Depois de uma época em bom plano ao serviço do Chaves, o jovem jogador brasileiro estava de regresso a Alvalade para brilhar com a camisola do Sporting. E foi o médio que herdou a camisola 7 de Rúben Ribeiro.
E a maldição parece não ter fim. Matheus Pereira foi protagonista de problemas disciplinares que fizeram com que o jogador trocasse os leões pelos alemães do Nuremberga. Desde então que a camisola 7 do Sporting não tem dono. E tudo isto leva o paraeles a recordar uma famosa frase: “eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem”.
Fotos: Reprodução Instagram
Siga o ParaEles no Instagram
Siga o ParaEles no Instagram
