Chegou a ser apontado como um dos jogadores mais promissores da sua geração. Viu o seu nome apontado como reforço de Benfica e Sporting e teve como momento alto a chegada ao Real Madrid. Ainda assim, Royston Drenthe passou ao lado de uma grande carreira e ficou muito além do esperado. Longe da ribalta, o jogador holandês, de 33 anos, tenta agora ser feliz na quarta divisão espanhola.
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Ao contrário do que acontece com muitos jogadores, Drenthe teve o seu pico de forma em tenra idade, pouco depois dos vinte anos. E desde 2012, altura em que termina o contrato com o Real Madrid que a carreira entrou numa curva descendente marcada por experiências em clubes de menor dimensão, desemprego e até por uma investida no mundo da música. Agora é um dos membros do plantel do Racing Murcia, clube ao qual chegou com uma forma física que não combina com a vida de jogador de futebol.
Apesar de tudo isto, Royston Drenthe mostra que quem sabe não esquece. Um mês depois de ter assinado contrato com o modesto clube espanhol, o jogador estreou-se a marcar. E logo com um golo que faz recordar os bons velhos tempos do holandês. Um remate de primeira sem que a bola tocasse no chão após a marcação de um livre lateral.
“Fiquei doente por treinar tanto, mas não queria atirar a toalha ao chão”
Drenthe chega a Espanha depois de duas experiências na Holanda. Primeiro, ao serviço do Sparta de Roterdão e, mais recentemente, Kozzaken Boys, do terceiro escalão. E foi no Sparta que o jogador quis mostrar que ainda tinha muito para dar ao futebol. Se bem que o regresso não foi fácil pois chegou a pesar 96 quilos (tem 1,67 metros de altura). “Como sou dono de um ginásio, os meus sócios obrigaram-me a treinar no duro e fazer dieta. Não recomendaria isso a ninguém. Mal me conseguia mexer quando chegava a casa. Fiquei doente por treinar tanto, mas não queria atirar a toalha ao chão até ficar em forma. Estou agora com 74 quilos. Perdi 22 quilos em oito meses! Não há muitas pessoas que o possam conseguir”, dizia na altura.
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De acordo com o jornal AS, Drenthe deu mesmo tudo no ginásio para perder peso. O jogador recorreu a exercícios de CrossFit e conciliou estes treinos intensos com o boxe. Quanto à alimentação, o holandês teve de perceber que o corpo já não reage da mesma maneira quando tinha 20 anos. “Tenho 31 anos e se quero estar bem tenho de me cuidar. Não é como antes, quando tinha 20 anos e estava em Madrid. Comia um hambúrguer e não havia problema. No dia seguinte não se notava. Agora se não como ou durmo bem não consigo treinar com estes miúdos de 18 anos. Cuido-me e faço dieta”, explicava.
Fotos: Reprodução Instagram
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