Ricardo Horta. O rosto do sucesso do Sp. Braga

Ricardo Horta. O rosto do sucesso do Sp. Braga

Desporto

Ricardo Horta. O rosto do sucesso do Sp. Braga

Extremo português tem sido uma das grandes figuras na sensacional equipa comandada por Abel Ferreira, marcando há cinco jogos consecutivos.

Artigo de André Cruz Martins

26-03-2018

O Sporting de Braga tem feito um campeonato fantástico e já ameaça o terceiro lugar do Sporting, estando a quatro pontos dos leões, que recebe no próximo sábado. O extremo Ricardo Horta é um dos principais responsáveis pelo bom momento da equipa arsenalista, que soma seis vitórias consecutivas em jogos oficiais, cinco das quais na I Liga. O jogador de 23 anos tem dez golos e cinco assistências no campeonato, com a curiosidade de ter conseguido apontar seis golos nos últimos quatro jogos e de marcar há cinco partidas seguidas.

Ricardo Horta já ultrapassou assim o seu anterior máximo registo goleador numa época completa – nove, na época passada, quando já estava emprestado pelo Málaga ao Sporting de Braga – condição que se alterou para 2017/18, pois já é de “pleno direito” da formação portuguesa. Isto num Sporting de Braga que já marcou 62 golos em 27 jogos na I Liga, batendo o anterior máximo do clube em toda a sua história (60 golos em 30 jogos em 2012/13, sob orientação de José Peseiro).

Ricardo começou a jogar futebol no Ginásio de Correios mas aos 10 já estava no Benfica, onde se manteve até ao segundo ano de juvenil, quando se mudou para o Vitória de Setúbal, onde esteve quatro temporadas e se estreou no escalão sénior, fazendo meia temporada em 2012/13 já no plantel principal (apenas seis jogos, sem golos marcados), “explodindo” na época seguinte, quando foi uma das grandes figuras da equipa e realizou 36 jogos oficiais, com sete golos apontados.

Não se estranhou por isso a mudança para o Málaga, da I Liga espanhola, onde teve impacto imediato, tendo sido o sexto jogador mais utilizado em 2014/15, com um total de 37 encontros, nos quais marcou três golos. No entanto, o seu rendimento caiu a pique na temporada seguinte (19 jogos, sem golos apontados) e em 2016/17 foi emprestado ao Sporting de Braga, onde foi uma peça importante quer para José Peseiro quer para Jorge Simão, mas sem atingir o atual nível extraordinário.

Ricardo Horta foi internacional A apenas numa ocasião

Provavelmente alguns dos nossos leitores já não se lembrarão, mas Ricardo Horta foi internacional A apenas numa ocasião e não foi num particular. Em setembro de 2014, com apenas 20 anos, entrou para o lugar de William Carvalho num jogo de má memória, a derrota com a Albânia na primeira jornada da fase de qualificação para o Euro 2016. Essa partida, recorde-se, marcou a despedida de Paulo Bento do cargo de selecionador nacional, tendo sido substituído por Fernando Santos, que nunca apostou nele.

E se quisermos ser realistas, apesar da grande época que está a realizar, parecem ser muito escassas as hipóteses de ser convocado para o Campeonato do Mundo da Rússia, em face da grande concorrência que enfrenta na sua posição, com nomes como Bernardo Silva, Gelson, Ricardo Quaresma ou até João Mário, que joga muitas vezes descaído para os flancos na seleção. Isto para não falar de Bruma ou Rony Lopes, que estão a realizar excelentes temporadas e nem sequer foram chamados para os jogos particulares com o Egito e com a Holanda e de Nani, que tem jogado muito pouco na Lazio e, pelo menos para já, parece afastado destas contas.

Não são gémeos, mas até parecem

Quando pensamos em Ricardo Horta, é praticamente impossível não nos lembrarmos do seu irmão André, dois anos mais novo e que passou a ser seu companheiro de equipa no Sporting de Braga na temporada em curso. Os dois têm uma relação muito cúmplice e costumam partilhar mensagens carinhosas nas redes sociais. Quem não se lembra dos dois abraçados no relvado, depois da final da Supertaça entre o Benfica e o Sporting de Braga, no início da época passada, com André a chorar compulsivamente?

Apesar de não serem gémeos, os dois são muito parecidos, o que já originou uma história curiosa, levando a um erro de identificação de um delegado de campo da FPF, que pensou ter sido André a aparecer no “flash interview” do jogo com o Paços de Ferreira de dezembro último, com uma t-shirt a dizer “vão ter de contar connosco”. O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aplicou uma multa de 229 euros a André Horta, mas depois transferiu a sanção para o verdadeiro prevericador, o irmão Ricardo.

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Artigo de
André Cruz Martins

26-03-2018



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