Reguilón, a revelação do Real Madrid que provocou a ira de Sergio Ramos

Reguilón, a revelação do Real Madrid que provocou a ira de Sergio Ramos

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Reguilón, a revelação do Real Madrid que provocou a ira de Sergio Ramos

Conheça a história do jovem defesa esquerdo que joga nos “merengues” desde os 4 anos e que durante um treino sofreu com uma atitude intempestiva do seu próprio capitão.

Artigo de André Cruz Martins

26-12-2018

Os recorrentes problemas físicos de Marcelo na época em curso têm sido a oportunidade para o jovem defesa esquerdo Sérgio Reguilón aparecer gradualmente na equipa do Real Madrid. O jogador de 21 anos, madridista de coração e nos “merengues” desde os 8 anos, já fez seis encontros na época em curso e esteve em muito bom plano na última vitória diante do Valência.

No entanto, a primeira vez que muitas pessoas ouviram falar deste jovem defesa esquerdo foi depois de uma ação “tresloucada” de Sergio Ramos no treino do Real Madrid de 22 de outubro. O capitão de equipa não gostou de ter sido atingido na cara pelo jovem colega – num lance puramente acidental – e atirou-lhe a bola com toda a força. Modric interveio para acalmar o central espanhol, enquanto Reguilón se manteve impávido e sereno.

Pazes feitas rapidamente

Horas mais tarde, Sergio Ramos justificou-se nas redes sociais. “Embora possa não parecer, estas são situações muito comuns nos treinos, mas isso não é desculpa e não devia ter reagido daquela forma. A verdade é que vamos sempre com tudo, não é? E no final, a vitória nesse treino foi da nossa equipa, da qual fazia parte o Sergio Reguilón” , escreveu no Twitter.

Também o jovem defesa de 21 anos garantiu que estava tudo resolvido. “No futebol estamos sempre com a pulsação elevada e, por vezes, acontecem coisas destas. Ele pediu-me desculpa e ficou tudo bem. É o capitão, não há qualquer problema”, assegurou.

Reguilón era apenas “certinho”

Reguilón tinha apenas 4 anos quando começou a fazer parte da “Fundación Real Madrid Becerril”, um programa para jovens em que lhes são ensinados os valores do clube e, claro, jogam futebol. Aos 8 transitou para as escolas do clube e desde então passou por todos os escalões de formação dos “merengues”.

Ao longo dos tempos, destacou-se pela polivalência, tendo sido lateral esquerdo, central e extremo esquerdo. Fixou-se no lado canhoto da defesa no final da sua formação. De acordo com uma reportagem recente do jornal “AS”, os relatórios dos seus treinadores falavam de um jogador “certinho” e pouco mais.

Afirmação no terceiro escalão

Quando tinha 18 anos, foi emprestado ao UD Logroñés, do terceiro escalão, em janeiro voltou ao Castilla, a equipa secundária do Real Madrid, mas na temporada seguinte foi de novo cedido ao UD Logroñes, onde se afirmou como uma das grandes figuras da equipa e apontou um total de oito golos. Número muito interessante para um defesa esquerdo. Foi só aí que os adeptos do Real Madrid despertaram para o seu valor.

Em 2017/18 regressou ao Castilla, onde trabalhou com Santiago Solari, precisamente o treinador que esta temporada reencontrou na equipa principal. A sua estreia entre os “grandes” foi a 2 de outubro. Derrota por 1-0 em casa do CSKA Moscovo, para a Liga dos Campeões. O treinador ainda era Julen Lopetegui, entretanto despedido. Todos os outros cinco encontros que disputou já foram sob as ordens de Santiago Solari e terminaram em vitória da sua equipa.

A noite passada na casa de banho

A 7 de novembro repetiu a titularidade num jogo da Liga dos Campeões. Desta vez no terreno do Viktoria Plizen e com um resultado muito melhor (triunfo por 5-0), comparando com a estreia. O pior foi a noite anterior à partida. Teve fortes dores de barriga e passou praticamente toda a noite na casa de banho, com vómitos e diarreia.

Apesar de nem ter dormido, foi medicado de manhã, melhorou e a poucas horas do jogo comunicou a Solari que estava pronto para jogar. Isto apesar de os médicos considerarem que só estava a 60% das suas capacidades físicas. E a verdade é que nem se notou a noite de pesadelo. Foi o quarto jogador da sua equipa que mais correu, tendo percorrido uma distância de 11.179 metros, apenas superado por Lucas Vázquez (12.502),, Álvaro Odriozola (12.447) e Dani Ceballos (12.370).

Voltou a jogar com o Valência CF, no desafio mais exigente que enfrentou até agora. E “secou” por completo os atacantes contrários e foi um dos melhores na vitória por 2-0. Os adeptos do Real Madrid já podem dormir descansados quando não há Marcelo.

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Artigo de
André Cruz Martins

26-12-2018



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